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segunda-feira, 2 de março de 2009

E o jornalismo... quem diria??

É brincadeira a palhaçada e a irresponsabilidade com as quais aqui em terras tupiniquins, em pleno século XXI, sómos brindados diariamente por formadores de opinião que de seus quartéis generais (redações), vomitam inverdades que afetam a vida de milhões de pessoas diariamente.
Me pergunto se esses distintos cidadãos, que passaram no mínimo 5 anos numa cadeira de comunicação social, tiveram em suas vidas uma aulinha básica da matéria "Ética"?

Quem se lembra dos boxeadores cubanos que desertaram de sua delegação durante os jogos panamericanos realizados por aqui em 2007, e depois acabaram sendo deportados pelo Brasil a seu país de origem, segundo as informações da grande mídia na época?

Eis uma pequena amostra de opiniões dos Terroristas Midiáticos de plantão:
  • "Esse caso (Cesari Battisti) merece um comentário paralelo. Por mais controverso que possa ter sido seu julgamento, por mais dúvidas que possam existir sobre sua participação em todas as mortes de que é acusado, a decisão do ministro brasileiro peca pela origem: como pode o mesmo ministro que entregou para uma das mais cruéis ditaduras do mundo os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que fugiram da concentração durante os jogos do Pan no Rio, alegar que Battisti corre o risco de ser perseguido na democrática Itália?" (Merval Pereira, 27 de janeiro de 2009)
  • "Condeno a forma intempestiva como foi feita essa repatriação, sem que houvesse por parte da sociedade brasileira a possibilidade de saber se essa era a vontade daqueles indivíduos.” (Aécio Neves, 9 de agosto de 2007) - ps. este foi no embalo dos terroristas midiáticos.
  • "Estrangeiros que pedem asilo a uma embaixada brasileira são da alçada do Itamaraty, e os que pedem refúgio dentro do Brasil são do Ministério da Justiça. Mas, convenhamos, não se trata um simples caso de asilo ou refúgio. E os dois acabaram sendo um caso de polícia. Uma polícia que aceitou com muita facilidade a versão do "arrependimento". Rigondeaux e Lara foram despachados ""a pedido", como nas demissões em Brasília, e sem investigação, sem processo, sem julgamento. Nenhuma entidade de direitos humanos foi ouvida. Em sendo muy amigo de Fidel, fica parecendo que o governo do PT cedeu à pressão e entregou os cubanos à própria sorte -ou azar.Se viessem de outra ditadura, "à direita", talvez tivessem sido acolhidos como refugiados. Aos amigos, tudo; aos inimigos, nada.” (Eliane Catanhêde, Folha de S.Paulo, 10 de agosto de 2007)
  • "A decisão do governo de Cuba de proibir os pugilistas Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara de prosseguir em suas carreiras de atletas e de sair pelo resto de suas vidas do país é a prova mais evidente de que os dois não retornaram à ilha de Fidel Castro por vontade própria". (Dora Kramer, Estado de São Paulo, 25/08/2007)
  • "Imagino que muita gente ainda se lembre de Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara. Os dois pugilistas cubanos tentaram desertar durante os Jogos Panamericanos do Rio de janeiro em julho de 2007. Pretendiam seguir para a Alemanha, já com promessa de contrato. Entretanto, foram presos pela Polícia Federal e imediatamente deportados. Um avião posto à disposição do governo cubano pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, levou os pugilistas de volta para Cuba." (Lúcia Hippolito, em seu blog, 25/02/2009)
  • A Polícia localizou os cubanos, e os prendeu, sem motivos para isso. Manteve os rapazes incomunicáveis, atropelando a Constituição, e chegando inclusive a expulsar o advogado enviado pelos empresários, que teve que ir embora sem sequer poder ver os presos. Depois, em tempo record, providenciou um avião que levasse os pobres coitados para Havana, com escala em Caracas." (Cláudio Humberto, Tribuna da Imprensa, 11/08/2007)
  • "Com a fuga de Cuba do boxeador Guillermo Rigondeaux, escreveu-se o penúltimo capítulo da uma história iniciada em 2007, quando ele e seu colega Erislandy Lara foram deportados pela polícia do comissário Tarso Genro.O último será escrito quando se souber com quem Fidel Castro falou no dia em que ele soube do desaparecimento da dupla. Que falou com alguém, falou, pois isso foi contado pelo seu chanceler, Felipe Pérez Roque. Nas suas palavras, o Comandante pediu ao seu interlocutor ajuda para "propiciar e organizar" o repatriamento dos fujões. Pode demorar, mas um dia a identidade do amigo de Fidel será conhecida". (Elio Gaspari, Folha de S. Paulo, 01/03/2009)
Enfim:
“Entrevistado em Miami, Lara declarou que ele e Guillermo, após terem sido abandonados por uma empresa alemã, agenciadora de boxeadores, decidiram voltar para Cuba. "Nós decidimos retornar, não foi pelo governo brasileiro nem por ninguém, já que as coisas deram errado, nós decidimos voltar".

Pois é! O cidadão se formar numa profissão tão digna como a de jornalista para tornar-se um terrorista, só pode ser por motivos que nem Freud explica. Mas esses terroristas e seus generais sabem muito bem o que buscam. Lamentável verificar até que ponto chega o ser humano por questões egóicas e rasteiras.

Pena que o papel de jornal é inadequado para higiene pessoal, porque prá outra coisa eles já não servem mesmo!

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