O Datafalha desempenhou papel central na desqualificação do Aécio e, agora, na luta pela sobrevivência do Serra.
Como diz aquele amigo navegante, o Serra sobrevive com aparelhos mediáticos.
Os indícios de que o Datafalha seja um instrumento partidário, político e, não, um instituto de pesquisa são vários – e mereciam uma atenção especial da Dra Cureau.
Primeiro, entre a noite de sexta-feira, quando Jornal da Band divulgou o Vox Populi e a manhã de sábado, quando começou a circular a Folha (*), sumiram 18 milhões de votos.
Dez por cento da população brasileira.
Segundo, como demonstrou o Tijolaço, tecnicamente o Datafalha é um desastre.
E, mesmo assim, observou o Eduardo Guimarães, a Folha (*), provavelmente pressionada por uma possível investigação policial, já começou a encolher o Serra.
Daqui a pouco, quando a coisa ficar feia, surgirão os “pesquiseiros” – os analistas de pesquisa do PiG (**) para passar a mão na cabeça da Folha (*).
E vão dizer que a Folha (*) usava um método errado de sondar a opinião pública.
O desastre teria sido uma “questão de método”.
Uma questão técnica, portanto.
Cientifica, sem qualquer inclinação partidária ou ideológica, diria o Adolf Eichman.
Se for assim, pergunta-se:
E se o método (errado) sistematicamente beneficiasse a Dilma e o Lula ?
Se o método (errado) tivesse demonstrado que o Aécio deveria ser o candidato dos tucanos ?
Pergunta-se: o método já não teria sido corrigido ?
O Serra deixaria o Datafolha errar por tanto tempo contra ele ?
A Folha (*) erraria por tanto tempo contra seus próprios interesses econômicos e ideológicos ?
O “método” da Folha é assim: ouve mais São Paulo, ouve mais os ricos, ouve mais os de educação superior.
O “método” da Folha é assim: Vox Populi menos o povo é igual ao Datafalha.
Paulo Henrique Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário