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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Boas Notícias da Semana

Direto do blog: O Brasil Que dá Certo!

Este fim de semana traz várias boas notícias!

1. Obama decide reduzir os subsídios dos americanos sobre sua agricultura. Esta é uma batalha brasileira de 40 anos, e é um importante precedente. O Brasil tem vocação nesta e muitas outras áreas, mas não é fácil outro país reconhecer tal verdade e transferir a produção para o estrangeiro. Para evitar tal transferência, criam-se os subsídios.

Quem diria que, além de não estarmos em crise, estamos lentamente resolvendo alguns problemas de longo prazo? Outro problema desse tipo é a redução dos juros internos, que logo, logo deverão cair para 6% ao ano..

2. Imposto de Renda recolhido pelas empresas de lucro presumido sobe 6% em janeiro. Só que, neste caso não é o lucro que subiu, mas as vendas dessas empresas, porque se presume que elas ganhem 32% de tudo que faturam.

Portanto, conclui-se: ou que as pequenas empresas não estão em crise, ou então que elas estão pagando mais IR do que precisam, ou que elas estão fabricando receitas para enganar comentaristas como eu.

3. O imposto de renda na fonte de pessoas físicas subiu 23% em janeiro, comparado com o janeiro anterior, informa Ribamar Oliveira na sua excelente coluna no Estado. Se está havendo desemprego em massa, isso significa que os desempregados, por alguma, razão continuam pagando IR, e aumentandoem 23% a sua contribuição para esconder a verdadeira crise.

4. Bancos emprestam R$ 84 bilhões de reais para as empresas em janeiro. Repito: emprestaram R$ 84 bilhões, quando, no resto do mundo, o crédito secou e os governos estão imprimindo moeda para dar liquidez ao sistema. O BC não está imprimindo moeda; os bancos estão sólidos e emprestando.

A má noticia é que isto foi noticiado como "Queda de 24% no Crédito as Empresas" -- e confesso que até eu fiquei assustado. Estaríamos, sim, entrando numa mega crise.

Só que o crédito no Brasil continua praticamente o mesmo, o que caiu foi o volume de NOVAS OPERAÇÕES de crédito. Aprenda Economia: isso é normal quando a economia crescia 7% ao ano e passa a crescer 2%, uma queda no crescimento de quase 70%. Portanto, uma queda efetiva de somente 24% de novos créditos é até uma boa noticia. A confirmar.

Desse jeito, o governo Lula vai achar que há uma conspiração para derrubar o seu governo, quando provavelmente é tudo uma estratégia para chamar a atenção do leitor, como de fato chamou.

5. Só que estas manchetes assustam, e como somente 1.000 pessoas acessam diariamente este blog (e muitas nem concordam com as análises aqui apresentadas), o clima de pessimismo se espalha lentamente pela economia brasileira. Se até eu me assustei, imaginem os que não entendem de economia administrativa.

6. Tanto é que a Confiança de Consumidor caiu em janeiro 1,8%, e isso, minha gente, é muito grave. Economia se baseia em expectativas nem sempre tão racionais dos consumidores, que se balizam no que os outros dizem, e não nas suas próprias analises.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A elite branca: rica e intocável

Reproduzo aqui artigo do "Direto da Redação" que por sí só, já diz mais que o suficiente.

Caso Paula Oliveira
Por Rui Martins, de Berna (Suíça) em 23/2/2009

Vocês podem me contar quantas mulheres negras, mulatas, mestiças e pobres (são palavras quase sinônimas) são assassinadas por ano no Brasil? Quantas mulheres brasileiras voluntariamente ou enganadas deixam o Brasil para viverem da prostituição no estrangeiro, sofrendo violência e mesmo sendo assassinadas por cafetões, fechadas sem documentos em bordéis, sujeitas a todas as humilhações?

E quantas mulheres brasileiras estão, neste momento, fechadas num aeroporto europeu, Madri, Lisboa ou Roma, por exemplo, impedidas de desembarcar mesmo se cumpriram com as exigências legais, mas consideradas pelos policiais como possíveis prostitutas? Ou quantas mulheres brasileiras, sem documentos, emigrantes clandestinas grávidas ou com bebês vivem um pesadelo inimaginável neste rigoroso inverno europeu?

Quantas mulheres emigrantes no Japão, despedidas de seus empregos nestas últimas semanas com seus maridos, estão comendo uma sopa por dia num dos refúgios criados por entidades assistenciais, geralmente religiosas, depois de terem deixado tudo que possuíam num apartamento que não podem mais pagar?

Quantas meninas ainda nem moças satisfazem o turismo sexual em muitas áreas turísticas brasileiras?

Delírio foi levado adiante

Alguém se lembra delas quando aparecem mortas no Bois de Boulogne, em Paris, enforcadas ou apunhaladas num bordel do Ticino, na Suíça, ou drogadas e jogadas numa rua de Roma? Será que só o fotógrafo Sebastião Salgado vê que, no Brasil, em meio à indiferença geral, existe uma outra população pobre, negra, mulata, mestiça?

Já imaginaram se a imprensa e povo sul-africanos, durante o apartheid, se revoltassem quando uma branca, da melhor sociedade bôer, fosse agredida numa rua de Londres? Se isso ocorresse, seria um caso da chamada Síndrome de Estocolmo, quando o seqüestrado chega até a se apaixonar por seu seqüestrador.

Teria sido a Síndrome de Estocolmo que levou nossa população mestiça a se inflamar contra a Suíça, sem perceber a farsa da pobre menina rica, como diria Celso Lyra, que não é negra e nem mulata?

Por que o ato racista, se ela tem tudo de uma branca européia? Porque ela falava português? Ora, o português é uma das línguas da União Européia. A mentira era grande demais, mas foi aceita e a maior televisão brasileira, a Globo, com o apoio de um blogueiro irresponsável, levou o delírio adiante.

O que fizeram dos nossos sonhos?

Nossa sociedade de apartheid econômico e social chegou a essa perfeição – ignora as humilhações de que são vítimas a grande maioria da população e se levanta de dedo em riste quando uma representante da elite branca e rica alega ter sofrido uma agressão. E o ministro dos Direitos Humanos fala até em holocausto! Mas vamos com calma, o Brasil, mesmo se melhorou nestes últimos anos, vive ainda o holocausto. Não temos o maior número de assassinatos por ano, quase igual ao dos mortos no Iraque?

E o ministro Celso Amorim, que viveu tantos anos em Genebra, conhecedor da Suíça, entra no show da Globo e arrasta consigo o presidente, na farsa que virou o fiasco do ano? Nós, emigrantes, esperávamos uma tal reação em Lisboa, na Espanha, na Itália. Não veio e nem virá. A munição foi gasta e mal gasta para defender a farsa das intocáveis, que têm pai rico, pai influente, amigo de blogueiro, amigo de políticos. É isso que vale.

E como se não bastasse vem aquela afirmação de que o Brasil dará tratamento de VIP e apoio jurídico à brasileira Paula Oliveira, se for necessário. E para as outras, que não mentiram, mas que sofrem e são humilhadas, só que são pé-de-chinelo? Nada? Que vergonha!

Ricardo Noblat pediu desculpas? A Globo fez seu mea culpa?

O que eu posso fazer? Onde está a esquerda? O que fizeram dos nossos sonhos? Ficaram todos cegos, se acostumaram com nosso apartheid, mudaram de campo, mudaram de time?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BBB9 - Os Heróis de Pedro Bial

Lí no Observatório da Imprensa, excelente artigo de autoria de Whashington Araújo em 23.02.09 que publico abaixo:

"Triste do povo que precisa de heróis" (Bertold Brecht)

Existem heróis e heróis. Se existe algo que me irrita profundamente é o jeito sem cerimônias com que o mestre-de-cerimônia do Big Brother Brasil saúda aquela penca de jovens – mais um ou dois da terceira idade – confinados na casa montada pela TV Globo no Rio de Janeiro: "Boa noite, meus heróis!" De tanto usada, a frase virou bordão do BBB. Seu autor? O jornalista e dublê de guru do programa, Pedro Bial.

Ora, o que há de heroísmo em um programa que, longe de agregar conhecimento, é um poço de futilidades onde quanto mais se escava mais há para se escavar? 15 ou 16 pessoas vendendo sua intimidade, seus pensamentos e corpos, hábitos e sotaques, expondo-se ao ridículo em centenas de situações, muitas destas de gosto profundamente duvidoso, tudo em troca de prêmios avulsos ou do prêmio maior de R$ 1.000.000.00. Repito, o que há de heroísmo nisso? A ver os números do Ibope, o programa é quase uma coqueluche nacional. Revistas, jornais e sites dedicam ampla cobertura ao que ocorre dentro da casa. Cria-se um frenesi, arma-se uma curiosidade em larga escala, como se os destinos do povo brasileiro dependessem deste ou daquele que irá continuar ou sair da casa.

Os inimigos no poder midiático

Durante alguns anos, participei, em Brasília, de um colegiado que tratava da qualidade dos programas da televisão aberta. O nome já dizia tudo: "Campanha contra a Baixaria na TV". O slogan era ainda mais claro: "Quem financia a baixaria é contra a cidadania." Desde aquela época, tinha por dever de ofício que ver e depois rascunhas duas laudas com comentários sobre dois programas de TV em horário nobre – no caso, a novela das 8 e o Big Brother Brasil, ambos na grade de programação regular da Rede Globo. Desde o ano passado, não tenho tido mais tempo para participar dessa atividade, mas, de qualquer forma, vez por outra me pego anotando situações, frases, contextos, cenas tanto de um quanto de outro desses programas.

Hoje, comecei este texto pensando: o que mais me incomoda no BBB, já em sua nona edição consecutiva neste 2009? Foi quando as luzes se acenderam e pude ouvir no subtexto do pensamento a entusiástica saudação: "Boa noite, meus heróis!" E me incomoda porque sei muito bem que os confinados no esquema global podem ser qualquer outra coisa menos heróis. Pode-se até elastificar o vocábulo, o termo, mas é forçar muito a mão (e a paciência) querer que essas criaturas quase acéfalas, em um festival de gestos sensuais, sejam apresentadas ao Brasil em horários nobre, sete vezes por semana, como "nossos" heróis!

E só há um jeito para se contrapor a isso. Só existe uma maneira de separar o joio do trigo. É comparando o grupo do BBB com minha galeria, não muito extensa, dos heróis que vêm marcando minha vida. E meus heróis, ao contrário de Cazuza, não morreram todos de overdose, mas, com alguma certeza, meus inimigos estão no poder. No poder midiático, pelo menos. Meus heróis têm nome, sobrenome e deram um sentido às suas vidas e, por extensão, deram um alento à minha e a outras gerações. Penso em alguns.

Um terço da vida na prisão

Começo com o russo Alexander Soljenitsin. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1970 e conhecido por suas ferozes críticas ao regime soviético – em especial às prisões e aos campos de trabalhos forçados em que eram confinados os dissidentes, denunciados em sua célebre obra Arquipélago Gulag. Este foi um herói. Todos se referem ao divisor de águas que foi a derrubada do muro de Berlim em 1989. Mas não esqueçamos que as primeiras pedras começaram a cair quando o Ocidente passou a conhecer o pensamento sem fronteiras do autor de Um dia na vida de Ivan Denisovich.

E que dizer daquela mulher franzina, raquítica, enrugadinha e muito encurvada, lembrando o deus Atlas a carregar sobre os frágeis ombros o peso do mundo? Sim, refiro-me a Madre Teresa de Calcutá, grande heroína do século 20, como, aliás, ficou bem afirmado durante a solenidade da sua beatificação. Madre Teresa deu a sua vida pelos mais pobres dos pobres. Escolheu como indumentária o sari das mulheres paupérrimas da Índia. No seu dia-a-dia, partilhava a vida com os doentes em fase terminal. Nunca perguntou se as doenças eram contagiosas ou não. Nunca lhe vimos uma luva nem uma máscara.

Penso no sul-africano Nelson Mandela, que passou 30 anos – mais que um terço de sua vida – preso nos calabouços das prisões sul-africanas por se opor ao regime do apartheid. Mandela sabia estar diante de uma das mais terríveis iniqüidades que um ser humano poderia cometer contra um seu semelhante: a superioridade afirmada de forma violenta com base na cor da pele. Quem, senão a coragem, pode acalentar um homem preso durante três décadas? Kofi Annan, sobre ele escreveu: "Se estivermos à altura de uma pequena parte do que Mandela é, o mundo será um lugar melhor."

Uma fisgada de emoção

Outro que não me sai da cabeça é o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Um herói em toda a extensão do termo. Morreu a serviço da paz, naquele que foi o primeiro atentado terrorista na história do mundo contra um representante da ONU em terreno de guerra e em missão de paz. Em setembro de 2003, poucos dias após sua morte em Bagdá, tive a emoção de presidir a solenidade de entrega do Prêmio Cidadania Mundial, post-mortem, à sua mãe, dona Gilda Vieira de Mello. O brasileiro foi homenageado com um busto instalado em frente ao escritório do Alto Comissariado para Direitos Humanos em Genebra, Suíça, como reconhecimento a todos os que perderam a vida no Iraque e aos mais de 30 anos de trabalho que Sérgio Vieira de Melo prestou às Nações Unidas. Com certeza, o brasileiro foi o herói que incorporou como poucos valores sociais como a paz, e é a representação máxima do herói contemporâneo.

Reconheço, meio a contragosto, que todos os heróis são espelhos do mundo e da sociedade em que vivem. Os heróis do Bial espelham o mundo da futilidade, o hedonismo, o império dos sentidos humanos, a interação quase total entre os espaços público e privado. Meus heróis espelham o mundo dos ideais, dos valores humanos, do desprendimento e do amor à espécie humana. Os heróis de Bial lutam pelo prêmio financeiro e pelas conseqüências advindas de contratos pecuniários no mundo artístico. Meus heróis lutaram por aquilo em que acreditavam e sua recompensa era tão somente o sentimento de possuírem consciências tranqüilas, tanto que o mito do herói não foi por eles desfrutado: morreram em si para darem vida ao herói que neles subsistia.

A diferença maior entre uns e outros é que os heróis de Bial trazem consigo a fraca luminosidade dos vagalumes em sua existências efêmeras. Já os meus heróis trazem consigo sóis e luas. Finalmente, posso afirmar com total certeza: dos meus heróis, sinto uma fisgada de emoção quando deles meu pensamento se ocupa. Já dos outros… quem pode dizer algo?



terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tem bispo que diz que não houve Holocausto. Tem jornal que diz.....

Tem bispo que diz que não houve Holocausto. Tem jornal que diz que não houve Ditadura.

A Folha de S. Paulo de hoje, domingo (22 de fevereiro), tenta ignorar o absurdo cometido pela direção do jornal no editorial publicado quatro dias atrás, quando denominou a ditadura militar (1964 a 1985) de ditabranda, num claro desrespeito à memória histórica do povo brasileiro. Nenhuma carta publicada na seção de cartas (painel do leitor) do jornal a respeito do tema, apesar de ter sido o que mais recebeu cartas durante a semana, 105 mensagens, segundo o próprio painel.

Sobre o assunto, apenas um parágrafo na coluna do Ombudsman na qual ele escreve que a folha faltou com a cordialidade que se deve ter no trato com os leitores. Referia-se a forma grosseira e arrogante, de um primarismo ideológico de fazer inveja a um Reinaldo Azevedo, com a qual a Redação da folha tratou os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides.

Por outro lado, se o jornal parece querer colocar uma pedra sobre o assunto, as manifestações pela internet, blogues e sites parecem dizer o contrário. O editorial da folha e o tratamento desqualificado dado aos professores geraram uma justa indignação em amplos setores que já começam a se manifestar e tudo indica que a movimentação de repúdio à folha deva crescer. Óbvio que também geram o que de pior existe na nossa sociedade, e infelizmente não são poucos, os sentimentos proto-fascistas, daqueles que querem passar uma borracha na história, negar a verdade e principalmente, esconder os crimes de muita gente que ainda anda por aí, livres, mas que torturam e mataram nos porões da ditadura com a anuência dos líderes do regime.

Vários intelectuais lançaram um manifesto em repúdio à folha e em solidariedade aos professores (reproduzimos abaixo). Esse manifesto pode ser assinado eletronicamente, é possível também deixar uma mensagem e registrar sua indignação contra o jornal.
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Reproduzimos abaixo algumas dessas mensagens dos signatários do manifesto, reveladoras do papel que a folha cumpriu no apoio à ditadura militar e outras questões mais; muitas escritas por pessoas que sofreram na pele a repressão, foram vítimas das vacas fardadas e civis e como diz o Celso Lungaretti, nunca foram apresentadas a essa ditabranda. Ao final reproduzimos um post do blog Vi o Mundo, do Azenha, uma prova inconteste do que foi a ditadura brasileira.
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Divulgue o manifesto, ajude crescer o coro das manifestações contrárias a essa tentativa absurda de burlar a história, de enganar o povo, de negar a verdade, de acobertar criminosos.
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A questão central que se coloca é saber se restará alguma dignidade ao jornal e sua direção voltará atrás se retratando num editorial que peça desculpas ao povo brasileiro e às vítimas da ditadura ou o caminho será o mesmo da nota da redação que agrediu Comparato e Benevides, ou seja, pisar no acelerador, se aliar ao pensamento mais torpe, fazer companhia à Veja como um panfleto reacionário e negar a história.
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Ao menos resta a esperança, afinal se até mesmo o Vaticano, liderado por um Papa conservador, quando pressionado, agiu com firmeza e exigiu que o bispo britânico Richard Williamson se desculpasse publicamente por ter negado o Holocausto, quem sabe reste à folha algum pudor.

REPÚDIO E SOLIDARIEDADE

Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitrária e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S.Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar ditabranda o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história polí­tica brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964.

Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota de redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S.Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis a atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.

Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.
Fonte: O Velho Comunista.
Copiado do Blog de Um Sem Mídia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Ingrata Tarefa de Ombudsman

"Dicionário Houaiss: Ombudsman - Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: jornalismo.
Jornalista, contratado de fora ou pertencente ao quadro de funcionários da empresa, que, de maneira independente, critica o material publicado e responde às queixas dos leitores."

O que pensa e expressa o 'ombudsman' do Jornal Folha de São Paulo sobre alguns temas relevantes, porém tratados de maneira tendenciosa pelo citado veículo de comunicação.
Está claro que interesses menores estão acima daquele no qual deveria se prestar tão conceituado e respeitado Jornal. Mas há tempos que a grande mídia se comporta de maneira suspeita.

Original do Blog: Cidadania.com de Eduardo Guimarães


Ombudsman da Folha - coluna de 15 / 02 / 2009


CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
ombudsman@uol.com.br


A Folha e os problemas de São Paulo


O jornal deixa muito a desejar em relação ao que se espera do maior diário paulista na cobertura de temas como exame de professores e merenda


A CIDADE e o Estado de São Paulo, onde este jornal tem a maioria absoluta de seus assinantes e leitores, começam 2009 com problemas sérios.

A maneira com que a Folha os vem tratando deixa muito a desejar em relação ao que se pode esperar do maior diário paulista.

Um deles é o exame a que foram submetidos professores temporários da rede estadual de ensino público, no qual número expressivo tirou nota zero e metade não chegou a cinco.

Como na greve da categoria em 2008, o jornal trata do caso superficialmente. Reproduz declarações das autoridades e, em contraponto, ouve mecanicamente o sindicato dos trabalhadores.

O "outro lado" não é o sindicato, mas os professores, cujas histórias não chegam ao público. O jornal não vai fundo nem nas causas de haver tantos professores provisórios no sistema nem nas razões por que muitos se deram mal na prova.

As condições em que o teste foi concebido, formulado e aplicado (há indícios de que estiveram longe do ideal) não foram detalhadas.

O noticiário e opiniões do jornal acabaram passando a ideia de que a "culpa" do mau desempenho é apenas dos professores, mostrados como em geral despreparados. É claro que a explicação é muito mais complexa.

Outra situação é a da merenda escolar no município de São Paulo. Embora em 2007 a Folha tenha levantado o tema que agora está sendo retomado pelo Ministério Público, seu acompanhamento neste ano tem sido pouco arrojado.

O jornal precisa ser mais ativo. Em vez de quase se limitar ao pingue-pongue entre prefeitura e seus acusadores deve tomar a iniciativa de, por exemplo, verificar autonomamente a qualidade da merenda, pesquisar se pais, professores e alunos estão satisfeitos com ela em comparação com a que tinham antes.

O tema merece mais espaço, destaque e investimento do que tem recebido. Houve dia em que o noticiário sobre ele teve o mesmo tamanho de uma foto que mostrava as calças de um calouro estragadas em trote universitário.

Os paulistas, principalmente os paulistanos, estão sofrendo bastante com enchentes. Mas o jornal tem cuidado delas de forma acanhada. Relata os alagamentos que ocorrem, publica fotos de carros boiando nas ruas, conta os quilômetros de congestionamento. É muito pouco

No dia 10, por exemplo, reportagem registrou que a prefeitura "espera o pior fevereiro desde 2004" e fará novo estudo de riscos só depois do período de chuvas.

A placidez com que acata tal declaração só se compara com a aceitação passiva do argumento de que a prefeitura tapa os buracos "sempre que é informada". Ambas são constrangedoras.
Nada de jornalismo preventivo. Nada de acompanhamento sistemático das providências que as autoridades dizem tomar.

Finalmente, a erupção de violência na favela de Paraisópolis, cujo acompanhamento anódino por este jornal já comentei, não o motiva a se aprofundar no exame desta e de outras comunidades em que a expressão "barril de pólvora" se aplica bem, apesar do lugar-comum. Até acontecer a próxima explosão.


Cobertura enviesada é um desserviço a leitor e jornal

A cobertura que a Folha fez do encontro de prefeitos em Brasília esta semana foi um desserviço ao leitor e ao jornal.

Textos, fotos e edição tinham todas as características de um trabalho enviesado, distante da imparcialidade que deve nortear o noticiário.

Imagens da ministra Dilma Rousseff com expressão sonolenta e de membro da audiência que cochilava ressaltaram sem motivo jornalístico aceitável situação banal em qualquer reunião desse tipo com o aparente objetivo de desqualificar o evento por razão irrelevante.

Reportagem disse que "pacote de bondades" anunciado pelo presidente Lula frustrou "parte da plateia", seguramente verdade, mas não mencionou se satisfez alguma outra "parte", o que provavelmente também deve ter ocorrido.

Cheios de expressões impróprias em texto informativo, os relatos denotavam inegável predisposição contrária ao discurso do presidente.

Mais grave foi dar inusitado destaque por dois dias seguidos a um lapso corriqueiro de Lula sobre o número de analfabetos em São Paulo como se ele pudesse criar uma crise política, o que nem o possível alvo do suposto ataque, o governador Serra, achou certo valorizar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Futebol e Violência














O que estaria por trás de intensa mobilização midiática contra torcedores de futebol assistirem partidas de futebol nos estádios de futebol?


Atualmente esse país do futebol como é conhecido o Brasil, está passando por um momento interessante e ao mesmo tempo intrigante. Perguntas sem respostas pairam no ar.

Não raro vemos manifestações contrárias ao público do maior espetáculo do mundo, o torcedor de futebol. Aquele que com sua vibração passa imagens fantásticas do espetáculo produzido em campo.

Mas não se tem como negar que a violência nos estádios é algo extremamente calamitoso nos dias de hoje, porém o que levaria ou alimentaria tamanha violência por parte de grupos (torcedores) que se tornaram rivais?

Me lembro de quando junto com amigos torcedores de outros times íamos assistir á partidas que nem eram dos nossos times. Quantas vezes fomos ao Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália e escolhia na hora para quem iríamos torcer, pelo simples fato de diversão.
E alí nas arquibancadas, lado á lado havia torcedores de times diferentes unidos pelo espetáculo, pelos dribles e jogadas maravilhosas. Naquela época dar um chapéu no adversário não significava humilhação. Encenação tentando cavar uma falta ou penalti ludibriando o juiz não era algo que causava a mesma revolta que vemos hoje nos zagueiros que mais parecem assistentes de arbitragem.

Bem, mas tudo isso é passado!

Hoje as coisas são diferentes e os interesses econômicos estão acima de qualquer coisa na vida de uma sociedade capitalista como essa que vivemos.

Voltando ao frenesí midiático apontando a selvageria e guerra entre torcedores de times rivais, leis que inexistem para julgamentos dos que cometem violência, descaso das autoridades, clubes, federações responsáveis pela organização e bom andamento dos espetáculos fotibolísticos uma questão fica solta no ar:

Estaria por trás de tudo isso a intenção de esvaziar os estádios de futebol e fazer com que todos sentem-se confortavelmente em suas poltronas na paz de seu lar e assim, possam torcer pelo seu time do coração sem correr o risco de levar borrachada da polícia ou perder a vida nos estádios das grandes cidades país afora?

O plano é manter os telespectadores na frente da telinha que enquanto aguarda o início da partida, de quebra assiste a programação da TV e sem perceber vai consumindo os produtos alí anunciados?

Por que só uma rede de televisão nesse país "DEMOCRÁTICO" detém praticamente 100% da cota de exibição do futebol em canal aberto?

Quanto custa um anúncio em horários de jogos de futebol?

Quem alimenta e intensifica a rixa e violência entre torcedores de times rivais e qual a intenção por trás disso?

Como diz um comentarista esportivo de uma grande emissora de rádio aqui de São Paulo:
O Futebol há muito tempo vem se tornando uma coisa careta!

Que venha 2014 e que Deus nos proteja.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Barrigada da Globo Ferrou Imagem do Brasil

A barrigada jornalística da toda poderosa Rede Globo de Televisão que informou e repercutiu o caso de agressão de uma brasileira na Suiça por skinheads no início dessa semana, sendo seguida por todos demais meios de comunicação inclusive o Governo, vem demonstrar aquilo que há muito tempo sabemos sobre a mídia:
Ela mente!
Ela inventa fatos!
Ela planta informações!
Ela disvirtua acontecimentos!
Ela não inspira confiança!
E agora lá fora já se dão conta daquilo que já estamos cansados de saber:
A Mídia Brasileira é Terrorista!

Fonte: BBC Brasil

Os principais jornais da Suíça deste sábado fazem sérias críticas ao governo e à imprensa brasileiros no caso da advogada Paula Oliveira, que disse ter sido agredida por skinheads neonazistas em Zurique no início desta semana.

Em um artigo opinativo, o diário conservador Neue Zürcher Zeitung, um dos jornais de maior prestígio na Europa, cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, apontando que eles taxaram como "fato, de forma irrestrita, as declarações da brasileira".

O texto também diz que a imprensa brasileira "passou dos limites, indo especialmente longe no julgamento de supostos incidentes neonazistas e racistas na Suíça".

O Neue Zürcher Zeitung afirma que a imprensa brasileira teria criticado publicações suíças, inclusive o próprio jornal. O artigo comenta ainda que a mídia no Brasil traz regularmente "notícias de fatos totalmente inventados, acusações que já destruíram a vida de outras pessoas", além de afirmar que "a gravidez inventada, segundo se conta" seria artifício comum entre as brasileiras "para pressionar maridos e companheiros".

O artigo termina afirmando que os suíços se surpreenderiam "com o nível de xenofobia, neonazismo e anti-semitismo no Brasil". "O país tropical está, de acordo com sondagens internacionais, entre os Estados com maior índice de xenofobia: 72% são, segundo pesquisa, contra a recepção de estrangeiros", comenta o periódico.

Outros periódicos suíços não pouparam expressões irônicas para criticar o governo brasileiro. O 20 Minuten, o jornal de maior tiragem da Suíça alemã e distribuído gratuitamente, traz um artigo intitulado "Lula da Silva 'caranguejeia' para trás".

Nele, o jornal comenta as reações reticentes do governo brasileiro na sexta-feira, após surgir a notícia de que Paula Oliveira não estaria grávida, como ela havia alegado. O 20 Minuten lembra que no dia anterior, o governo brasileiro demonstrou indignação e deu declarações públicas nas quais cogitou mesmo recorrer à ONU para pressionar o governo suíço.

A mídia brasileira também foi alvo do jornal Tages-Anzeiger, na reportagem "Eles expuseram o Brasil ao ridículo". O diário reproduz comentários de leitores brasileiros publicados nos jornais nacionais após a reviravolta do caso, nos quais "atacam as reações precipitadas do presidente Lula e do ministro Amorim".

O mesmo jornal suíço também dedica outro artigo ao caso de Paula Oliveira, intitulado "A tragédia de O.: lenha para a sociedade borderline". Escrito por uma repórter da área de cultura, o texto classifica a história como uma "lição de manipulação da mídia", que demonstraria o interesse da sociedade "por personalidades portadoras de borderline".

A autora diz se tratar de um "caso evidente de uma mulher que utiliza o próprio corpo, de forma bastante consciente, para tornar uma suposta impotência em um chamariz para a mídia e, por consequência, em poder".
O texto afirma que ao se confirmarem as conclusões preliminares da investigação, a brasileira "deve ser diagnosticada como tendo um transtorno de personalidade borderline" e cita automutilação e necessidade de chamar a atenção como alguns dos sintomas deste tipo de transtorno.

O título do artigo se aproveita da inicial do sobrenome da brasileira e faz uma alusão implícita ao nome do romance A História de O, clássico erótico sobre uma mulher que se submete voluntariamente a práticas de tortura.

A maioria dos jornais também divulgou entrevistas com psiquiatras e tratam o caso como um incidente com fortes indícios de ter sido causado por alguém com problemas psíquicos.

Economia demonstra recuperação

Má notícia para a pequena parcela de pessoas no Brasil que fazem parte do grupo "quanto pior melhor". Aquelas que torcem fervorozamente para que a 'crise internacional' faça um estrago sem precedentes aqui no patropi.
Assim poderão crucificar o atual Governo e se apresentarem como únicos capazes de salvar a amada pátria mãe gentil.

Conforme reportagem da Revista ISTOÉ, em reunião com o Governo na segunda-feira dia 09.02 em Brasília, os maiores empresários do país demonstraram confiança na retomada da atividade econômica.

Abaixo a reprodução da matéria completa:

Economia & Negócios
- Sinais de retomada
Governo ouve relato positivo dos maiores empresários do País e indicadores de janeiro afastam perigo de recessão da economia
Octávio Costa

SEGREDO: Lula pediu aos empresários sigilo sobre o teor das sugestões feitas em reunião

O que antes era apenas intuição de uma corrente otimista de economistas e empresários começa a se transformar em certeza estatística. Levantamentos preliminares de entidades industriais e centros de pesquisa indicam que o desempenho da economia brasileira em janeiro será muito melhor do que se esperava. Confirma-se, aos poucos, que o País desfruta de condições especiais para enfrentar a crise. E a equipe econômica já está trabalhando com os números positivos. Ao sair de uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quinta-feira 12, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, mostrou-se impressionado com os resultados da indústria automobilística nos primeiros 11 dias de fevereiro, comparados ao mesmo período de janeiro - quando a produção subiu 92,7%. Segundo ele, os dados preliminares apontam para a estabilização do setor. "Nós vínhamos em queda livre até dezembro e o processo agora, ao que parece, se acomoda e acredito que possa dar margem a uma certa recuperação", afirmou. Na mesma toada, o economista Francisco Pessoa, da consultoria LCA, descarta a possibilidade de a economia entrar em recessão no primeiro trimestre. "Imaginar um primeiro trimestre de crescimento não é nenhum absurdo."

As boas novas, por sinal, já chegaram ao Palácio do Planalto. No final da tarde da segunda-feira 9, o presidente Lula recebeu 22 empresários, reunidos pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, hoje presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos. Estavam presentes nomes de peso, como Jorge Gerdau, Luiz Fernando Furlan, Sérgio Andrade e Emílio Odebrecht. Pelo governo, participaram, além de Lula, os ministros Guido Mantega, da Fazenda, Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia. A reunião aconteceu das 18 horas às 21 horas, e os empresários fizeram relatos setoriais, em sua maioria positivos. Reis Velloso leu um documento que elaborou a partir das consultas que fez aos 50 principais empresários do País. Apresentou uma estratégia de defesa contra os efeitos da crise internacional e também uma estratégia de ataque, na qual apontou os procedimentos que vão permitir ao País sair bem da crise. O receituário incluiu investimentos públicos, redução dos gastos correntes, mais recursos para a exploração do pré-sal e a flexibilização das leis trabalhistas. O presidente gostou do que ouviu e informou que vai incorporar as sugestões do documento. Pediu aos ilustres convidados, porém, que mantivessem absoluta reserva sobre o teor da reunião.

Velloso manteve o voto de silêncio. E somente revelou à ISTOÉ que fizera contato com a Presidência sobre os estudos do Fórum Nacional, até que foi surpreendido com a audiência marcada com urgência na tarde da sexta-feira 6. Pôs todo seu pessoal de plantão no sábado para convocar os empresários, escolhidos a dedo. Mas a pressa do Planalto tem razão de ser. Afinal, diante da reviravolta nas expectativas empresariais, faz-se necessário acompanhar a economia com sintonia fina, e nada melhor, nesse sentido, do que o testemunho de quem está com a mão na massa. Não param de surgir dados positivos. Segundo o Sinalizador da Produção Industrial (SPI), elaborado pela Fundação Getulio Vargas, a indústria paulista teve crescimento de 5,7% em janeiro comparado a dezembro, depois de três meses seguidos de queda. O SPI antecipa em um mês os dados do IBGE. O resultado deveu-se à reposição de estoques e ao estímulo do governo ao setor automotivo, de acordo com o economista Paulo Pichetti, coordenador da pesquisa da FGV.

A retomada da indústria é coerente com a fornada de informações sobre novos investimentos de grandes empresas. Os exemplos vêm dos mais variados setores. A OGX, de Eike Batista, comunicou que vai antecipar para junho a exploração na Bacia de Santos, no bloco BM-S-29, pois pretende iniciar a produção no fim de 2011. Com um caixa de R$ 7,5 bilhões, a OGX destacou US$ 2 bilhões para a exploração e mais US$ 1 bilhão para a produção. Em outra frente, confiante no poder de consumo da classe C, a Coca-Cola Brasil anunciou na quinta-feira 12 que investirá R$ 1,75 bilhão neste ano, 16,6% a mais do que em 2008. Em 2008, as vendas subiram 7% e o faturamento chegou a R$ 15 bilhões, alta de 25% sobre 2007. O presidente da Coca- Cola, Xiemar Zarazúa, acredita que o mercado brasileiro vai subir para a segunda posição no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Terceira maior empresa de telefonia móvel do País, a TIM Brasil também divulgou a compra da Intelig, um negócio de R$ 1,5 bilhão. A empresa já está investindo R$ 2,3 bilhões na construção de redes de fibra óptica.

Também está mudando o humor dos consumidores. O Índice de Confiança do Consumidor, elaborado pela Fecomercio-SP, mostrou alta de 6,8% em fevereiro, em relação a janeiro. Na opinião do economista Altamiro Carvalho, responsável pela pesquisa, "os reflexos da crise devem estar menores do que se imaginava no bolso do consumidor". Uma coisa é certa: seja nos investimentos, seja no consumo, ganham corpo os sinais de retomada da economia. E os empresários que resistem aos ventos a favor podem perder excelente oportunidade. Quem alerta é o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao criticar o ajuste exagerado de estoques: "Atitudes excessivamente agressivas, do ponto de vista de sermos defensivos, podem exacerbar problemas desnecessariamente." Em palavras mais simples, para vencer a crise, a melhor defesa é o ataque.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

FHC PEDE QUE PSDB BOICOTE MEDIDAS ANTI-CRISE

Depois de engajar-se na campanha em defesa pela descriminilização da maconha, o ex-presidente FHC entrou definitivamente para o PMT (Partido da Mídia Terrorista).
Como se sabe, esse partido do qual são filiados boa parte dos partidos de oposição, a grande mídia com suas redes de TV, jornais e revistas, é o grande responsável pela divulgação das catástrofes, desgraças e mazelas do cotidiano nacional e internacional.
Com seus terroristas de plantão formados em comunicação social, pregam diariamente o quanto a nossa vida não está boa e o quanto estimam que ela piore. Na verdade não só estimam, como torcem para que isso aconteça o mais breve possível. E através de atos terroristas bombardeiam-nos com notícias desalentadoras.
A finalidade: Subir novamente a rampa do palácio do planalto em Brasília e voltar a mamar nas tetas do ministério das comunicações.

“Deputados tucanos reuniram-se em São Paulo nesta terça-feira com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Motivo: debater a necessidade de o PSDB lançar o quanto antes o nome do candidato da sigla que disputará a sucessão presidencial em 2010.


“Os deputados saíram da casa de FHC também com a recomendação de exercerem mais fortemente a oposição no Congresso em relação a medidas do governo Lula, incluindo aquelas voltadas para impedir o avanço da crise internacional”, afirma a jornalista Carmen Munari, em reportagem da Reuters.

Agora, é oficial o que já se conjecturava.

Estavam presentes ao encontro os seguintes deputados do PSDB:
* Julio Semeghini (SP)
* Walter Feldman (SP)
* Paulo Renato Souza (SP)
* Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES)
* Ricardo Tripoli (SP)
* Vanderlei Macris (SP)
* Fernando Chucre (SP)
* João Almeida (BA)
* Carlos Brandão (MA)

A impressão que passa a “recomendação” do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é de que ele pede aos tucanos que trabalhem para que a crise econômica mundial arraste o Brasil e o leve ao fundo do poço, como aconteceu na gestão dele. O que é isso: quanto pior, melhor? Mesquinhez? Irresponsabilidade? Tiro no pé?

Inviabilizar a adoção de medidas do governo Lula para combater a crise, é um crime contra o país. E agora, a menos que o ex-presidente dê alguma explicação para o teor de sua “recomendação”, a impressão que fica será a de que ele quer sabotar o país para seu grupo político voltar ao poder.”

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Os "vai e vorta" da politicalha! E um tal de recuar!

Bem, bem...
Acertei mais uma previsão!
Se é que posso chamar assim algo que está na cara de qualquer pessoa.
Algumas coisas são de uma obviedade tamanha que não posso me vangloriar do acerto.
Mas quando em meu post anterior (08.02), duvidei que o agora ex-eleito para o cargo de vice presidente e corregedor da câmara dos deputados, Edmar Moreira do DEM-PFL-PDS-ARENA/MG seria expulso da legenda, não foi por nenhuma mensagem recebida do além, mas tão simplesmente pela certeza de que em se tratando de política nada muda. Tudo não passa de jogo de cena.

Mas mesmo assim acertei:

DEM PODE RECUAR E DESISTIR DE EXPULSAR DEPUTADO DO CASTELO
Site Terra (10.02.09 - 18:25hs)
A Executiva Nacional do DEM pode "recuar e desistir" da idéia de expulsar o deputado Edmar Moreira (DEM-PFL-PDS-ARENA/MG) da legenda. Moreira é acusado de não declarar à Justiça um castelo construído por ele no valor aproximado de R$ 25 milhões.

Sem querer dar muitos detalhes sobre a manobra que vem sendo estudada pelo DEM, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-PFL-PDS-ARENA/BA) disse apenas que o partido prefere ter cautela antes de anunciar sua decisão para não cometer nenhuma injustiça. "Precisamos analisar mais a questão para não tomar nenhuma atitude inadequada. Não vamos fazer nada fora da lei, nada de incorreto, seremos duros, mas não injustos", disse.
(Essas declarações são hilárias. Político como sempre, fala mas não diz!)

E por falar em recuos e desistências, parece-me que a coisa não está andando muito bem para o lado da aliança PSDB-DEM. Andam recuando demais de suas idéias e maquinações para o bem do povo de São Paulo.
Reproduzo matéria da Folha de São Paulo (Que apóia inconteste a Gestão PSDB-DEM em SP):

COMO KASSAB, SERRA RECUA SOBRE PEDÁGIO URBANO EM SP
FSP On Line (10.02.09 - 9:19hs)
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), voltou atrás e mandou seu líder na Assembleia apresentar uma emenda na qual suprime o artigo do projeto que abre caminho para a criação de pedágios urbanos em ruas e vias de ligação entre cidades das regiões metropolitanas do Estado --São Paulo, Campinas e Baixada Santista.

O teor da proposta foi revelado na semana passada pela Folha e enfrentou críticas da opinião pública, além de resistência da oposição.

Ao recuar, Serra repete o gesto de seu afilhado político, o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), que a poucas semanas do primeiro turno das eleições do ano passado enviou à Câmara Municipal um projeto com teor semelhante. Ao ver adversários usarem o fato contra ele, voltou atrás e mandou retirar a proposta de discussão.

O projeto de autoria do governo estadual traz a assinatura do vice-governador Alberto Goldman. Ele foi enviado em janeiro para a Assembleia, quando Serra estava em férias.

O objetivo central da proposta é estabelecer a PEMC (Política Estadual de Mudanças Climáticas), que compreende uma série de ações para reduzir os níveis de emissão de poluentes em São Paulo. A possibilidade de criar pedágios urbanos está nesse contexto. Para concretizá-los, seria necessária a aprovação das Câmaras Municipais.

"Acessório"

O líder do governo na Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), designado para apresentar a emenda, afirma que seu objetivo é acalmar os ânimos dentro e fora da Casa. "Serra entendeu que a discussão está se fazendo sobre o acessório, que é o pedágio. Está se polarizando a discussão em cima disso, quando o principal é tratar da questão ambiental", afirmou o tucano.

Munhoz não soube dizer se Serra está só adiando a discussão do pedágio ou se desistiu da ideia. "Meu objetivo é aprovar este projeto com esta emenda."

O deputado estadual Roberto Felício, líder do PT, comparou o artigo que trata do pedágio urbano a um "submarino". "Parecia que eles estavam colocando um submarino num projeto mais amplo. Queriam passar essa medida sem que que ninguém percebesse", afirmou.

"É preciso que o Serra e o Kassab resolvam essa contradição: em ano que tem eleição eles são contra pedágio e em ano que não tem eleição eles são a favor?"


Penso que seria irônico se não fosse trágico.

Essa parte da matéria é de deixar sem palavras: "Serra entendeu que a discussão está se fazendo sobre o acessório, que é o pedágio". (Pedágio = Acessório??) Desde quando? Pois se é assim, só posso dizer que temos os acessórios mais caros do país.

Até que ponto chega a desfaçatez dessa gente?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Castelo caiu e não é de areia

Pois é. O dono do castelo (Edmar Moreira DEM-PFL-PDS-ARENA) que foi escolhido vice-presidente da câmara dos deputados federais, que por conseguinte acumula a função de corregedor da casa, está passando por uma saia justa. Não só ele, mas também seus amigos de partido (DEM-PFL-PDS-ARENA) e diria mesmo que todos os profissionais dessa área social conhecidos como políticos.

Gostaria de abrir um parênteses para falar sobre essa manobra de marketing encontrada pelo partido DEMOCRATAS, sigla DEM e que muitos apelidaram de DEMO.
Em marketing, o maior valor de um produto é a sua marca.
Muitos produtos são conhecidos e confundidos com sua marca, o que quer dizer que as pessoas usam e compram: 'gillete', bombril', 'omo', 'brahma' e 'brastemp' ao invés de comprarem 'barbeador', 'esponja de aço', 'sabão em pó', 'cerveja' e 'geladeira'.
Daí o tamanho significado de um produto em relação á sua marca.
Marca forte, produto forte e consequentemente campeão de vendas em seu segmento.

No caso específico do partido "Democratas" DEM ou DEMO como preferirem, existe uma clara intenção de desvinculação do produto original, de sua "marca" original. Aquilo á que se presta um produto.
Este partido (DEM) é o antigo PDS/PFL criado após o término da Ditadura Militar,que por conseguinte nasceu da antiga 'ARENA', partido que apiou de cabo á rabo a Ditadura Militar em todo o tempo em que os militares dirigiram o país, desde o GOLPE de 1964 até 1985.
Não tem como desvincular!
Não é mudando o nome desse tipo de produto que poderemos confiar que o mesmo passou a oferecer mais qualidade ao consumidor.
Em marketing, eu diria que esse tipo de maquiagem pode até colar no início, mas quando o consumidor sentir o sabor, verá que foi ludibriado e que trata-se na verdade da mesma porcaria que já havia exprimentado anteriormente e reprovado.

O DEM-PFL-ARENA é um partido de extrema direita, com idéias retrógradas e de atitudes prá lá de exdrúxulas, conhecido como o grande sugador das tetas do erário desde os mais remotos tempos da historia política do país.
Portanto, torna-se importante sempre que nos referirmos ao "Democratas", fazermos menção ao PFL-PDS-ARENA para que não se perca na memória, principalmente dos eleitores mais novos, esta referência de políticos da era paleolítica.

Isto posto, muita coisa em relação ao homem do castelo já está explicada.
Na verdade a casa caiu prá ele, seus amigos de partido e de classe.
Quer dizer, o castelo caiu.

O mesmo já renunciou ao cargo de vice presidente da câmara e corre o risco de ser expulso do partido. (sic)
Alguém acredita nessa possibilidade de expulsão?
Eu não! É apenas uma tentativa de abafar o caso.
Na verdade a exposição na mídia a que teve nos últimos dias, fizeram com que ele se tornasse ainda mais conhecido, comentado e visto.
Olhando pelo prisma do marketing e suas ferramentas, há possibilidades de levá-lo á vôos mais altos na vida política. Afinal estamos no Brasil.


Ele é apenas um caso que veio á tona.
E os demais quinhentos e tantos que por lá estão?

E os demais parceiros que estão nos legislativos estaduais como deputados, ou ainda os vereadores dos mais de cinco mil municípios do país?

Eles devem estar dizendo: Yés, we can!





Carta á Folha de S. Paulo

EDUARDO GUIMARÃES: "COBERTURA DA MERENDA DE KASSAB, DÁ NOJO"

Atualizado e Publicado em 06 de fevereiro de 2009 às 18:31

Carta enviada por Eduardo Guimarães, do blog Cidadania.com, a Carlos Eduardo Lins e Silva, ombudsman do jornal Folha de S. Paulo. O motivo é a cobertura desta sexta-feira, dia 6, sobre a denúncia de corrupção na merenda escolar do governo Kassab.

Caro Carlos Eduardo,

Escrevo a você porque é inaceitável o que a Folha fez hoje, e preciso desabafar.

Quero que você saiba do nojo, do asco, dos engulhos que senti ao ver a reportagem sobre a corrupção na gestão Kassab nessa questão da merenda escolar.

Quem quiser saber por que uma eventual vitória de José Serra na eleição presidencial de 2010 faria o Brasil regredir décadas, basta ver como foi dada pela Folha, por exemplo, a notícia sobre esse caso de corrupção na prefeitura paulistana.

A Folha esbofeteou seus leitores - ainda que muitos não saibam disso - com a manchete cifrada "Chefe da merenda na capital migrou para fornecedora". Que diabo de manchete é essa? Manchetes deveriam dizer mais usando menos palavras, não o contrário.

Quem assistiu a tal reportagem da Record na noite de quinta-feira sabe que é o governo Kassab, não um assessor qualquer, que está sendo investigado pelo MP. Contudo, a reportagem da Folha tentou passar a idéia de que a prefeitura é que está investigando.

Se escândalo dessa gravidade fosse em algum governo petista, seria manchete principal de primeira página e citaria o nome do titular daquele governo e seu partido, e deixaria bem claro que o governo é que estaria sendo investigado. E além de expor o governo, ainda inventaria agravantes.

Imaginem um país governado por partidos e por um presidente que a grande imprensa inteira trataria de blindar contra qualquer denúncia. A corrupção se tornaria endêmica, o país afundaria em corrupção como afundou na época de FHC enquanto a imprensa se omitia criminosamente.

Sinto muito, Carlos Eduardo. A minha atuação nesta área não é para fazer amigos e sim para defender meu país de gente como Kassab e Serra, de partidos como o DEM e o PSDB, de jornais como a Folha.

Depois eles têm coragem de vir falar de mensalão etc. Cínicos! Eu tenho nojo do que estão fazendo. Nojo!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Brasil - País das Maravilhas


Esse castelo dos sonhos contruído em estilo medieval, parece que foi retirado de uma super produção cinematográfica de Hollywood.

Mas na verdade ele está em solo brasileiro.

Fica em São João do Nepomuceno, região conhecida como zona da mata, no Estado de Minas Gerais.

Levou oito anos (82 a 90) para ser construído e está avaliado, segundo seu proprietário, em R$ 25 Milhões.

Pertence ao Deputado Federal Edmar Moreira do DEM(PFL) de Minas Gerais.
Essa semana o distinto político foi nomeado pelo Presidente Eleito, Michel Temer PMDB(SP) , para ser o segundo Vice Presidente e Corregedor da Câmara dos Deputados Federais em Brasília.

Corregedor: substantivo masculino
Descrição: magistrado que tem jurisdição sobre todos os outros juízes de uma comarca, e que tem a função de fiscalizar a distribuição da justiça, o exercício da advocacia e o andamento dos serviços forenses. (Dicionário Houaiss)

O então empossado Corregedor sofreu uma acusação de ter ocultado o imóvel em sua declaração de bens entregue à justiça nas últimas eleições.

Qual a moral que teria um imoral para poder apontar e, ou corrigir as falhas dos demais?
E como é que um imoral tem a capacidade de ocupar uma cadeira no Legislativo de um país com mais de 190 milhões de habitantes.

E de que maneira um imoral consegue amealhar uma fortuna de R$ 25 Milhões para investir num castelo? Claro que sua fortuna não restringe-se á somente esses R$ 25 Milhões. A coisa é pior ainda. Quantos de vocês já conseguiram algo próximo desse valor batendo cartão nas empresas em que trabalham ou trabalharam durante a vida toda?

Vinte e cinco milhões de reais é um premio da mega-sena acumulada.
Se por ventura um pobre mortal qualquer conseguir um premio desses lava a égua por toda a vida e a de suas gerações.

Sinceridade, nem tenho ânimo para comentar mais nada.
Dá nojo só de pensar e olhar para a foto acima.
















quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Premonição?

"O termo premonição é utilizado para designar a suposta ocorrência de "avisos" sobre acontecimentos futuros, freqüentemente associados a fatos calamitosos em natureza. As informações são recebidas via experiência mediúnica individual. As premonições não são necessariamente o resultado de algo paranormal nem sobrenatural; é possível que a mente humana seja capaz de uma façanha extraordinária de raciocínio produzir uma vista exata do futuro." (Fonte: Wikipédia)

Favela de Paraisópolis, zona sul da cidade de São Paulo, segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2009.
Parte dos moradores fazem protestos violentos contra não se sabe o que, segundo as autoridades, e vemos pela TV cenas de terror com depredações, barricadas, pneus e automóveis incendiados, pedras lançadas, bombas explodindo, tiros, correria, gritos e a chegada da tropa de choque para auxiliar a Polícia Militar do Estado de São Paulo que alí estava acuada.

A quem assistia aquela barbárie ocorrendo á poucos kilômetros do Palácio do Governo de São Paulo, não fazia idéia do porque e nem como havia começado. Algumas fontes (como a mídia é hipócrita*) diziam que era um protesto pela morte de um "traficante" ocorrida no domingo. (*Protesto em favela é sempre por causa da morte de traficante?)

A bandalheira seguiu por horas e o Governo do Estado através de sua Secretaria de Segurança Pública informava que a situação estava sob controle. Um minuto após conceder entrevista afirmando que tudo realmente já estava sob controle, um capitão da PM foi baleado na barriga, desmentindo a sua afirmação anterior.

Corte rápido:
Em 28 de Dezembro/08 criei com fotos da internet e postei no Youtube, este vídeo que retrata a delicada questão envolvendo as desigualdades sociais. Nele busco demonstrar que é gritante a "dualidade" de dois mundos que se fundem praticamente no mesmo espaço, mas que não se complementam.
Diria que de um lado está o combustivel e do outro o fogo.
No meio está o Governo numa postura inerte, passiva, egocêntrica e porque não dizer cega e insensível?

Paraisópolis está alí no vídeo não por acaso.
Será que o aviso no fechamento do vídeo teria sido uma "premonição"?

Creio que não!

É só uma questão de tempo para que a pequena amostra que tivemos no dia 02 de Fevereiro em São Paulo se transforme em algo maior e realmente incontrolável.




Numa reportagem do SBT na manhã de hoje 04 de Fevereiro, o repórter encontra com alguns dos rebeldes que ao conceder entrevista, afirma que a população da favela está protestando contra a atuação da Polícia do Estado de São Paulo.
Em suas habituais incursões de rotina acharcam os moradores durante as batidas policiais. Além disso um morador foi morto a tiros pela PM no domingo.

Ainda segundo suas declarações, os policiais quando fazem a revista em busca de armas e drogas, metem as mãos nos bolsos dos suspeitos procurando documentos, mas quando devolvem a carteira o dinheiro que carregavam sumiu.

Se é verdade não sei.
Mas creio que essa tragédia não aconteceu sem motivos.
O estopim está aceso.
A explosão é quase iminente.
A questão social degradada é irreversível.


E agora José?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dona Mídia: Tenho Cara de Otário?





Uma perguntinha que não quer calar:
-- Prezados meios de comunicação, teria este cidadão aqui cara de otário??

Um mané fazer faculdade de comunicação social (jornalismo) e depois prestar papel de engana trouxa é lamentável.
E isso virou uma rotina que alastra-se pelo mundo todo.
Não é a toa que muitos jornais centenários estão falindo por todo planeta.
Um dos motivos é que as pessoas estão menos asuscetíveis as mentiras que são publicadas (plantadas) diariamente, e outro é que, se o cara se der ao trabalho de ler a matéria completa, perceberá que ela não tem nada a ver com a manchete.


Então como é presumível que o cidadão saiba entender o que está lendo, chega-se á conclusão de que o que foi dito na manchete está desdito na matéria.

Oras, pois se é assim, será que a ameba que escreveu a manchete não leu antes o conteúdo da matéria?
E se leu, será que não a compreendeu?

Ou será que a ameba (perdoem-me as amebas pois as considero mais que a esses estagiários), propositalmente seguindo ordens superiores, fez uma jogadinha para enganar e tornar-se mais um na lista dos terroristas da imprensa que plantam negativismo na minha vida?

A manchete que sugere uma queda no lucro do Bradesco não condiz com a matéria que o próprio site publica numa outra página e que reproduzio abaixo. A mudança nas cores da fonte são minhas.

Bradesco fecha 2008 com lucro líquido de R$ 7,63 bilhões

Atualizada às 7h54

O Bradesco anunciou nesta segunda-feira que fechou 2008 com lucro líquido de R$ 7,63 bilhões, o que representa uma "queda de 4,7% ante os R$ 8,01 bilhões apurados no ano anterior".

Com ajuste, o "lucro líquido do ano passado foi de R$ 7,625 bilhões", ante ganho na mesma comparação de "2007 de R$ 7,21 bilhões".

A instituição, que deve perder a liderança em ativos do ranking brasileiro de bancos após a fusão do Itaú com o Unibanco, encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 1,605 bilhão, ante R$ 2,193 bilhões um ano antes.

Com ajustes, o lucro líquido do quarto trimestre somou R$ 1,806 bilhão ante R$ 1,854 bilhão nos três últimos meses de 2007. No terceiro trimestre de 2008, o lucro havia sido de R$ 1,91 bilhão.

A carteira de crédito cresceu 33,4% no ano, para R$ 215,35 bilhões.

As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 73,768 bilhões, aumento de 24,4%, enquanto operações com pessoas jurídicas foram de R$ 141,577 bilhões, expansão de 38,6%.

Na quinta-feira passada, o presidente do conselho do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, havia informado que a carteira de crédito da instituição deve crescer cerca de 15% em 2009.

O Bradesco encerrou 2008 com R$ 454,41 bilhões em ativos, crescimento de 33,2% em relação ao final de 2007.


Primeiro ele diz que o lucro de 2007 foi de R$ 8,01Bilhões e depois abaixo diz que foi de R$7,21 Bilhões.
Sendo assim, não houve queda de 4,7% da "manchete" porque R$7,625Bilhões em 2008 é maior que R$7,21 bilhões de 2007. Ou fugí da escola?

Erro de digitação? Dane-se!

A notícia já foi dada.
A impressão da manchete é que houve queda do lucro de uma das maiores instituições financeiras do país.
Mas pelo que percebi em minha leitura a matéria só fala em crescimento.

Sinceramente??
Eu sinto nojo!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

AUTOESTIMA - Repetir frases positivas sobre VOCÊ mesmo melhora sua autoestima

Através dos pensamentos criamos nossa realidade.
Então, se você insiste em pensar mal de você mesmo, fazer afirmações positivas é uma maneira de aumentar a autoestima, pois cada palavra que expressamos exerce uma ação sobre nós. “

O objetivo das afirmações é a mudança do padrão de pensamento que mantém uma situação de autoestima baixa”, explica Lizete de Paula, a terapeuta floral e fundadora da empresa Florescentia, que usa afirmações no tratamento de seus pacientes e na vida pessoal com muito sucesso.


Foi nos anos 80 que ela descobriu a força desta prática, ao conhecer o livro Você Pode Curar Sua Vida, de Louise L. Hay. A leitura provocou em Lizete um desejo enorme de alterar alguns padrões negativos em sua vida. “Este foi o começo de uma grande mudança, que continua, pois sempre temos mais e mais para crescer e evoluir”, conta ela.
Foi a mesma escritora quem despertou a administradora de Porto Alegre, Semadar Marques, para o poder das afirmações, quando comprou um CD de Louise L. Hay durante um curso de autoconhecimento. “Foi muito bom, pois peguei o hábito de levantar pela manhã escutando as afirmações e de ir dormir ouvindo também”, explica.


Quando não dá tempo de ouvir o CD antes de sair de casa, Semadar vai fazendo as afirmações no correr do dia. “Fico repetindo mentalmente em todos os momentos. Digo que sou linda, que vou vencer, que sou próspera, interessante, que todos me amam, que amo a todos, que sou muito feliz, transbordo felicidade, que minha vida é iluminada, que a tranqüilidade e a serenidade habitam em mim... e muitas outras coisas. É bom demais”, conta ela.

Entretanto, as afirmações não podem ser mera repetição mecânica de palavras pois, neste caso, explica Lizete, não têm muita força de transformação. A terapeuta ensina que devem ser usadas como um mantra ou uma oração, em que a consciência do que se diz está presente e cada palavra ressoa no centro do nosso ser.

Persistência também é importante. “No início, eu fazia mas, não sentia diferença alguma. Quando percebi, tinha conquistado uma força e uma felicidade fora do comum”, lembra Semadar, que hoje avalia terem sido as transformações interiores as mais importantes. “Minha auto-estima está a mil, me sinto forte e segura, capaz de atravessar qualquer situação difícil”, conclui ela.

Lizete também perseverou. Começou as afirmações num momento de baixa autoestima, dizendo para o espelho que se amava e se aprovava. “Quando dizia isso, minha mente crítica retrucava: ‘como posso me aprovar se não tenho valor, sou feia, magra, sem nenhum atrativo?’. Até que, de repente, percebeu que havia, finalmente, internalizado o exercício: “Um dia me surpreendi ao me olhar no espelho e dizer: ‘como você está bonita hoje!”

A terapeuta cita a sabedoria indígena de “pôr-as-palavras-para-andar”, em que a pessoa diz claramente o que se pensa pois, se guardar estas reflexões, ficará bloqueado. “É preciso falar, mas usando as palavras e pensamentos certos. Afinal, se somos o que pensamos, precisamos ter muita atenção com o nosso pensamento”, ensina ela.

Se o que pensamos sobre nós torna-se nossa verdade, é mesmo importante cuidar destes pensamentos. As afirmações, se feitas de coração, ajudam na mudança de padrões, na criação de um futuro mais positivo. Afinal,o que acontece dentro de nós é o que acontecerá fora também. É apenas uma questão de praticar para que se torne parte de sua vida.

Fonte:blog Terapia Floral - Carolina Arêas - http://www.terapiafloral.net

O SER HUMANO INVISÍVEL

Lí no "Blog de Um Sem Mídia" e achei muito interessante e curiosa a matéria. Afinal quantos de nós não somos mesmo invisíveis?


Miami (EUA) - Que o ser humano valoriza posição social não é novidade para ninguém, mas recentemente três fatos me chamaram a atenção por terem exacerbado este sentimento: um provavelmente ocorrido em São Paulo os outros em New York.

O uso do advérbio provavelmente no caso brasileiro justifica-se porque o comentário é feito em cima de um dos milhares de e-mails recebidos dos mais diversos contatos que mantemos através da Internet.

Mas, admitamos que o fato seja verdadeiro. Um material que está sendo divulgado na Internet revela que um professor de Psicologia de uma tradicional universidade de São Paulo decidiu redigir uma tese sobre o comportamento humano de pessoas que ocupam cargos, digamos, mais respeitados em relação àqueles que estão na base social e/ou profissional.

Para comprovar sua teoria, o tal professor resolveu travestir-se de gari durante oito anos, período em que coletou todo o material de pesquisa, fez amizade com vários varredores de rua e com suas famílias e, sobretudo, constatou como os demais julgam estas pessoas “invisíveis”. Ou seja, sequer se dignam a dar um bom dia ou lhes dirigir um sorriso.

Disfarçado em roupas de trabalho, ele chegou a circular pela biblioteca da instituição de ensino onde dá aulas e ninguém sequer o reconheceu, nem mesmo seus colegas de magistério. Lá, pôde tirar cópias e pesquisar livros sem ser importunado ou cumprimentado, justamente por integrar a legião dos “invisíveis”.

Evidentemente, a divulgação de sua tese deve estar provocando crises de arrependimento e justificativas, mas, na verdade, ela serviu somente para demonstrar como o ser humano age, ou seja, é movido por fama, poder e dinheiro – fatores que normalmente andam juntos.

Outro caso significativo ocorreu em New York. O indigitado Bernard Madoff, ex-presidente da Nasdaq – a bolsa de valores de empresas de tecnologia – e autor do maior golpe financeiro da história, perdeu a aura que antes possuía. Este cidadão tungou, através de um esquema de pirâmide, uma quantia avaliada em US$ 50 bilhões dos investidores (o valor é US$ 50 bilhões mesmo!) e agora está enfrentando uma batalha judicial para ressarcir, na medida do possível, as vítimas de sua falcatrua.

Na semana passada, quando tentava andar pelas ruas da Big Apple, ele foi cercado por um batalhão de jornalistas que queriam filmar, fotografar e colher declarações do homem que se transformou no bandido de colarinho branco mais odiado dos Estados Unidos.

Irritado com a presença dos repórteres, ele empurrou um fotógrafo que se interpôs em seu caminho para tirar uma foto. O fotógrafo, no entanto, não se fez de rogado e empurrou Madoff com força, mostrando que ele não atemoriza mais ninguém.

Ao ver aquela cena, fiquei imaginando como poderia ter sido um encontro entre Madoff e aquele fotógrafo um ano atrás. Possivelmente, ele teria ido ao luxuoso escritório do então cidadão acima de qualquer suspeita e seria recebido com deferência. Ele trataria Madoff com mesuras porque a foto poderia ilustrar alguma matéria sobre os gênios dos investimentos – e ele certamente integraria esta lista.

Agora, porém, ele caiu em desgraça e arrastou consigo sua imagem e seu aplomb. Não é o único, porém. Os outrora badalados CEOs das antes valorizadas corretoras de valores também tentam se desvencilhar dos repórteres.

O outro caso ocorreu no final do ano. A esposa de Richard Fuld, ex-CEO da Lehman Brothers, comprou alguns artigos na famosa loja Hermés, mas antes de sair fez um pedido singelo. “Por favor, vocês poderiam colocar os itens em uma sacola branca em vez de uma com o logotipo da loja?”.

O pedido foi atendido, é claro, mas esta é apenas mais uma prova de que o ser humano está sempre interpretando um papel social. O que antes seria um símbolo de prestígio passou a ser uma acusação de desperdício diante da debacle financeira. Então ela tentou, em vão, burlar os vigilantes e irritados acionistas e o povo – que, no final das contas, estavam pagando por suas compras na Hermés.

Antonio Tozzi

Fonte:Direto da Redação.