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quarta-feira, 24 de março de 2010

Conversa Afiada: Lula ataca o PiG(*): “Ele não é letrado”

Ao se aproximar do fim do governo, o Presidente Lula perdeu a inibição e passou a enfrentar um dos maiores obstáculos à construção da democracia brasileira: o PiG(*).
Lula lamenta que, no futuro, os estudiosos que forem pesquisar sobre o que acontece com o Brasil só lerão mentiras.
Lula denuncia os que queriam vê-lo fracassar e dizer que “ele não é letrado”.
O Conversa Afiada já localizou não só o efeito criminoso das atividades do PiG(*), mas manifestações explícitas do preconceito de classe, de raça e de, agora, gênero nas linhas e entrelinhas do PiG(*).
Do PiG(*) e seus agentes no Congresso e no Judiciário.
Por exemplo, quando o Farol de Alexandria diz que o Lula se comunica bem.
Clique aqui para ler. “O preconceito de Serra (e dos tucanos) contra Lula e Dilma, a mulher”.
Ou quando o candidato do programa do Datena diz que a eleição é entre ele e a mulher.
Leia a seguir o que diz a Folha online sobre o desabafo de Lula hoje:

Lula diz que imprensa age de “má-fé” e não mostra realidade brasileira
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em cerimônia para anunciar novas medidas do governo para o programa “territórios da cidadania”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duros ataques à mídia brasileira. Lula disse que a imprensa age de “má-fé” ao deixar de divulgar ações do governo federal que considera essenciais para o país.
“Eu levanto de manhã, vejo manchetes e fico triste. Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete. É uma predileção pela desgraça. É triste quando a pessoa tem dois olhos bons e não quer enxergar. Quando a pessoa tem direito de escrever a coisa certa e escreve a coisa errada. É triste, melancólico, para um governo republicano como o nosso”, afirmou.
Lula disse que daqui a 30 anos, quando um estudante for consultar jornais antigos para saber sobre a história do país, vai se deparar com “tabloides” que não mostram a realidade brasileira. “O estudante que daqui a 30 anos for ler determinados tabloides vai estar estudando mentiras, quando poderia estar estudando a verdade. Quando o cidadão quer ser de má-fé, não tem jeito.”
Ao relembrar o episódio de 2003 quando, no primeiro ano de governo, colocou um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Lula disse que não se rendeu aos ataques da mídia.
“A partir daquele instante, eu passei a colocar qualquer chapéu na cabeça. Nunca mais me colocaram. Eles vêm pra cima, se você se acovarda, eles ganham. Você não tem por que temer. Não temos vergonha do que fizemos nesse país. Nós todos vamos ser medidos pelo que nós fizemos, a gente precisa ficar prestando contas todos os dias.”
Segundo o presidente, alguns “setores da imprensa” deveriam olhar para as pesquisas de opinião pública antes de tirar suas conclusões sobre as ações públicas. “Se não quisessem saber pelos seus olhos, saberiam pelas pesquisas de opinião pública. Ainda assim não querem saber. Vamos trabalhando. A única coisa para vencer isso é trabalhar. Não temos tempo para resmungar.”
Privilégios
Lula rebateu críticas de que o governo federal privilegia prefeitos e governadores aliados no repasse de recursos públicos.
“Eu desafio prefeito, governador, do PFL [DEM], do PSDB, de qualquer partido político que tenha sido destratado pelo governo federal. Não importa de que partido pertença o prefeito. A ele é dado o mesmo direito que é dado aos meus companheiros que há 30 anos me ajudaram a fundar o meu partido. Não há discriminação. Isso incomoda.”
Num recado para a oposição, Lula disse que muita gente fica “incomodada” com as ações positivas do governo federal.
“Na visão de algumas pessoas, o correto era que o país estivesse numa desgraça, que estivesse dando tudo errado para eles dizerem: ‘tá vendo, nós falamos, o menino não é letrado. O menino nasceu para ser torneiro mecânico’. A partir daí já é abuso”, disse.

Lido no Conversa Afiada do Jornalista Paulo Henrique Amorim

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