Gráfico explica mudanças no DataFolha
Rodrigo Vianna
“Que fato relevante pode explicar a mudança brusca nas estatísticas do “DataFolha”?
Na pesquisa de 20 dias atrás, o instituto da família Frias teimava em manter Dilma numericamente atrás de Serra, num “empate técnico” pra lá de duvidoso – ainda mais porque todos os outros institutos já apresentavam Dilma com vantagem de 5 a 10 pontos.
Agora, o “DataFolha” finalmente se rendeu: Dilma 41%, Serra 33%. Repito a pergunta: que fato relevante ocorreu entre uma pesquisa e outra? Lula apareceu colado a Dilma? Onde? Não houve nenhum programa de TV com a presença dos dois.
Os únicos fatos políticos dignos de nota foram o debate da Band (que teve audiência pífia, cerca de 3 pontos) e as entrevistas (?) dos candidatos no “JN”. A única conclusão possível é que a tentativa do “JN” de emparedar Dilma saiu pela culatra. Bonner afundou Serra. A Globo tentou salvar Serra, mas agora corre o risco de afundar com o candidato tucano.
Mas atenção: a “reportagem” da revista “Época” dessa semana mostra que o jornalismo porco das Organizações Globo, sob comando de Ratzinger, não tem limites. Parece um suicídio corporativo.
O suicídio é problema deles. O problema nosso é enxergar que essa turma tomou um caminho sem volta. E isso indica que seguirão a apostar em pequenos golpes e grandes manobras midiáticas.
Os números cada vez mais consolidados de Dilma parecem indicar que o jogo está definido. De fato, tudo aponta para a vitória de Dilma. O próprio DataFolha revela que ainda há 7% de eleitores (dizem na pesquisa que escolheriam com certeza o candidato de Lula, mas não sabem que Dilma é essa candidata) que podem migrar para a petistas, sem grande esforço.
Digamos, portanto, que a campanha de TV possa empurrar Dilma para 48%. Serra deve encolher para algo em torno de 30% (parece ser o piso do tucano). Marina e os outros ficariam com algo em torno de 10%.
Nesse quadro, chegaríamos às últimas semanas antes do pleito com: Dilma 48% X outros candidatos 40%. Tudo decidido, certo? Vitória petista no primeiro turno?
Mais ou menos. “Veja” e “Globo” parecem dispostos a tudo.
O que podem tentar?
A matéria porca da “Época” dá uma dica. Dilma nunca participou de ações armadas durante o período em que lutou contra a ditadura (e ainda que tivesse participado, isso não a diminuiria em nada). Mas isso pouco importa. Na reta final, o que importa é criar um clima de dúvida. Basta um depoimento emocionado, uma nova Miriam ou novos aloprados, e pronto. Uma semana de “JN”!
Não precisa virar o voto de 20%, 30%. Basta virar 4%. Foi o que fizeram em 2006. Podem conseguir em 2010? Acho difícil. Eles estão mais fracos. Mas tenho certeza que vão tentar.
Por isso, o caminho de quem apóia Dilma deve ser o de um otimismo cauteloso.”
Lido no Blog Democracia e Politica
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