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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Urias: Por que o povo de São Paulo não se revolta e quebra tudo?

Urias em seu blog nos chama a atenção para a questão dos padágios no Estado de São Paulo. E num lampejo de indignação, questiona o motivo do povo que é acharcado nos pedágios, não se revoltar contra essa prática abusiva.

Imagino meu caro Urias, que o primeiro ponto de não haver protestos e revoltas deve-se ao fato de boa parte dos "paulistas" sentirem-se a nata da sociedade brasileira e protestar contra esse tipo de coisa é visto como atitude de petistas, peão de fábrica, gente de baixa categoria. E isso não cai bem ao status-quo dessa gente que faz parte da locomotiva(sic) da nação. É meio como dizer que o cara que reclama dos pedágios ou outras cobranças é um duro e longe de quererermos demonstrar isso ao Brasil. Detalhe: sou de São Paulo e sei bem do que estou falando.

Depois tem a questão de estarmos convencidos de que vivemos no melhor dos mundos e se ainda há alguns pequenos problemas, esses são causados pela migração desenfreada que principalmente na grande "sumpaulo" vivemos por parte da turma que vem do lado norte e nordeste do país. Mas vai fazer o que?

E depois Urias, o que pega nessa situação é uma coisinha chamada financiamento de campanha política. Antigamente, antes da reforma bancária e a privatização do Banespa, esse funcionava como o Banco Central do Estado á serviço do governador. Era dalí que a grana brotava para quaisquer tipos de saques com finalidades múltiplas.
Dizem que o falecido ex governador Mário Covas chorou rios quando se deu conta de que não poderia intervir profundamente na reforma do DETRAN pois os serviços (desvios) alí amplamente oferecidos são uma das únicas saídas para que uma graninha extra possa abastecer as polpudas campanhas políticas.

Seguindo a lógica capitalista do "primeiro eu e o resto que se lixe", criaram uma maneira de associarem-se á iniciativa privada (concessionárias rodoviárias) que de forma inteligente trás um retorno invejável aos comandantes do poder executivo.
Ou alguém em sã consciência imagina que não há comissão vinda da arrecadação de pedágios? Qual interesse do governo em expandir praças de pedágios na velocidade da luz?

E por último some a coninvência e interesses dos meios de comunicação de massas do pedaço que não estão nem um pouco preocupados em informar aos cidadãos os desvios de conduta dessa gente que há 15 anos encontra-se entronada no comando do estado.
Simplesmente porque essa turma da comunicação mama nessas tetas graúdas.
E assim enganam seus expectadores, seus leitores, seus ouvintes vendendo a ilusão do mundo perfeito.
E o pedágio? Ah o pedágio é justo. Será?

Abaixo os números do Urias:

O que você precisa saber sobre os pedágios mais caros do mundo em SP, vejam uma pesquisa que fiz na internet o que eu achei sobre pedágio.


- Número de pedágios no estado de SP: passou de 40 para 163 postos de pedágios nos governos tucanos;


- Novas praças de pedágios no estado de SP: Governo Serra promete a instalação de mais 60 novas praças de pedágios;


- Faturamento das praças de pedágios no estado de SP: R$126,00 por segundo;


- Lucro Líquido da Autoban (Anhanguera e Bandeirantes): entre 1998 e 2008 acumulou lucro líquido de R$812,1 milhões;


- Lucro Líquido da Ecovias (Imigrantes e Anchieta): entre 1998 e 2008 acumulou lucro líquido de R$657 milhões;
 
- Tarifas de pedágio no mundo: entre R$0,02 e 0,04 (por km rodado);


- Tarifas de pedágio no estado de SP: entre R$0,07 a R$0,16 (por km rodado);

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