Jornal: ninguém controla Paulo Preto, disse Goldman por e-mail
Por meio de um e-mail enviado ao então governador José Serra em novembro de 2009, o seu vice à época, Alberto Goldman, classificou como "vaidoso" e "arrogante" o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Na mensagem, Goldman diz que o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) "fala mais do que deve, sempre". As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo na edição desta quarta-feira (13).
De acordo com a nota, o vice analisava as entrevistas concedidas por Preto e pelo secretário de Transportes Mauro Arce, em razão da queda de uma viga nas obras do Rodoanel. "Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem", escreveu Goldman. Na época, Preto autorizou que as construtoras mantivessem a mesma estratégia de instalação das vigas que desabaram. "Não (...) tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários", afirmou Goldman na ocasião.
Ligação com Serra
Durante o debate promovido pela TV Bandeirantes no último domingo (10), a candidata Dilma Rousseff (PT) perguntou a José Serra (PSDB) o que ele teria a dizer sobre seu assessor que teria fugido com R$ 4 milhões de sua campanha, referindo-se a Paulo Preto. O tucano não respondeu ao questionamento da petista. Em visita à Goiânia na segunda-feira (11), Serra chegou a dizer que não sabia quem era Paulo Preto. "Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando", afirmou.
Porém, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira (12), Paulo Preto cobrou uma posição de Serra. "Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder", disse. Na mesma tarde, em visita à Aparecida (SP), Serra defendeu Preto, dizendo ser "absolutamente falso" o que Dilma disse e que "só sabia que o engenheiro era muito competente e que nunca ouviu nenhuma acusação contra ele".
Ainda na entrevista à Folha, Paulo Preto disse ter sido "o cara desse governo mais bem-sucedido em entrega de empreendimentos". Ele afirmou que o governo nunca pediu para que ele fosse o interlocutor das empresas. "Eu estive com o governador Serra umas dez vezes, ele nunca me pediu nada disso".
Sobre sua relação com o senador Aloysio Nunes, eleito no último dia 3, Paulo confirmou a amizade. "Eu sei que sou amigo dele. E a mim ele sempre deu a demonstração de amizade. Fui com o Aloysio para Brasília, quando ele assumiu a Secretaria Geral da Presidência", contou.
O engenheiro negou ter levantado fundos para campanhas políticas. "Nenhuma vez, para ninguém, nem para o Aloysio". Afirmou ainda nunca ter recebido ou pedido dinheiro de empreiteiros. Questionado se já haviam oferecido a ele, respondeu: "a mim? Não".
Paulo admitiu um interesse em seu trabalho por parte das empreiteiras, ao dizer que entrou na Dersa em 2005, no governo de Geraldo Alckmin, para cuidar das obras na Marginal. "Aí o mercado queria fazer a Marginal - as empresas Andrade, Camargo... precisavam de um profissional", afirmou.
FONTE: Terra
De acordo com a nota, o vice analisava as entrevistas concedidas por Preto e pelo secretário de Transportes Mauro Arce, em razão da queda de uma viga nas obras do Rodoanel. "Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem", escreveu Goldman. Na época, Preto autorizou que as construtoras mantivessem a mesma estratégia de instalação das vigas que desabaram. "Não (...) tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários", afirmou Goldman na ocasião.
Ligação com Serra
Durante o debate promovido pela TV Bandeirantes no último domingo (10), a candidata Dilma Rousseff (PT) perguntou a José Serra (PSDB) o que ele teria a dizer sobre seu assessor que teria fugido com R$ 4 milhões de sua campanha, referindo-se a Paulo Preto. O tucano não respondeu ao questionamento da petista. Em visita à Goiânia na segunda-feira (11), Serra chegou a dizer que não sabia quem era Paulo Preto. "Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando", afirmou.
Porém, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira (12), Paulo Preto cobrou uma posição de Serra. "Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder", disse. Na mesma tarde, em visita à Aparecida (SP), Serra defendeu Preto, dizendo ser "absolutamente falso" o que Dilma disse e que "só sabia que o engenheiro era muito competente e que nunca ouviu nenhuma acusação contra ele".
Ainda na entrevista à Folha, Paulo Preto disse ter sido "o cara desse governo mais bem-sucedido em entrega de empreendimentos". Ele afirmou que o governo nunca pediu para que ele fosse o interlocutor das empresas. "Eu estive com o governador Serra umas dez vezes, ele nunca me pediu nada disso".
Sobre sua relação com o senador Aloysio Nunes, eleito no último dia 3, Paulo confirmou a amizade. "Eu sei que sou amigo dele. E a mim ele sempre deu a demonstração de amizade. Fui com o Aloysio para Brasília, quando ele assumiu a Secretaria Geral da Presidência", contou.
O engenheiro negou ter levantado fundos para campanhas políticas. "Nenhuma vez, para ninguém, nem para o Aloysio". Afirmou ainda nunca ter recebido ou pedido dinheiro de empreiteiros. Questionado se já haviam oferecido a ele, respondeu: "a mim? Não".
Paulo admitiu um interesse em seu trabalho por parte das empreiteiras, ao dizer que entrou na Dersa em 2005, no governo de Geraldo Alckmin, para cuidar das obras na Marginal. "Aí o mercado queria fazer a Marginal - as empresas Andrade, Camargo... precisavam de um profissional", afirmou.
FONTE: Terra
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