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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eles não rasgam dinheiro

Reproduzo post de Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania:

É provável que eu não esteja sozinho em minha perplexidade diante da insistência de José Serra e dos meios de comunicação que o apóiam nessa propagação incessante de denúncias contra Dilma Rousseff e o PT – e, por tabela, contra Lula.

Os editorialistas, articulistas, editores, blogueiros, enfim, todos esses homens e mulheres que movem a máquina de propaganda tucano-pefelê parecem estar sempre animadíssimos com os efeitos que causarão as suas opiniões previsíveis, invariavelmente a favor de um lado e contra o outro. E que, em boa parte das vezes, nem se apresentam como opiniões, mas como fatos.

Quanto mais batem, porém, mais despertam rejeição a Serra. O bombardeio já incomoda a maioria das pessoas, pois não se consegue mais ir a um meio de comunicação de massas sem encontrar alguma denúncia já vista incontáveis vezes. A despeito disso, a imprensa e seu candidato parecem cada vez mais decididos a fustigar a adversária de forma repetitiva e ininterrupta.

As pesquisas refletem o desagrado da maioria esmagadora da sociedade com esse assédio tucano-midiático. Quanto mais são bombardeadas, mais as pessoas se predispõem a não ceder. E as que não tinham opinião vão tendo que reconhecer que esse denuncismo incessante já passou da conta. Novamente, é o que as pesquisas sugerem.

Os movimentos de intenção de voto favoráveis a Serra que ocorreram na classe média por ação desse bombardeio midiático, foram tímidos. A parcela desse estrato social que se mostrou suscetível à velha tática pré-eleitoral do denuncismo, tática que a maioria está careca de conhecer, revela-se uma anomalia.

Ora, como não dizer anômala uma parcela da sociedade à qual não falta instrução e meios de se informar e que, ainda assim, consegue a façanha de não fazer a conexão escandalosamente óbvia que há entre a força eleitoral de Dilma e a transformação dela em alvo por adversários em desvantagem?

É possível que impérios econômicos como uma Globo, com todas as suas consultorias e tudo o mais que o dinheiro pode comprar, estejam mergulhados em uma forma de loucura que os estaria levando a aumentarem dessa forma aparentemente suicida a dose de uma tática que vem se revelando mortal para eles e para os políticos a que servem?

Ou será que essa criminalização de Dilma, do partido dela e até do presidente da República por Globos, Folhas, Vejas, Estadões e pelo próprio Serra obedece a uma necessidade futura de justificar alguma ação mais heterodoxa, digamos, contra os seus adversários políticos?

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