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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Paulo Henrique Amorim: Sigilo, Erenice é a Operação Lunus - 2010

A Lunus terá sempre a missão de criminalizar o Lula para derrubá-lo

O Golpe da quebra do sigilo e o Golpe da Erenice têm a mesma matriz: a Operação Lunus de 2002.

Este post é produto, apenas, da utilização de um dos dois neurônios de que dispõe este ordinário blogueiro (um dos neurônios, como se sabe, dedica-se exclusivamente a Daniel Dantas).

Está em curso uma Operação Lunus 2010.

Em 2002, José Serra desmanchou a candidatura de Roseana Sarney à Presidência com uma Operação Lunus.

Ele contou com o apoio do Ministerio Público (cuidado, Dr Gurgel !) Federal, da Policia Federal, sob a batuta do Marcelo Itagiba, e do próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Foi quando fotografaram as cédulas na empresa do marido da Roseana.

E o Presidente da República recebeu no fax do Palácio do Alvorada a mensagem tranqulizadora: missão cumprida !

Isso foi numa sexta feira à noite e, no sábado, a revista Época (da Globo), sob a direção iluminada de Paulo Moreira Leite, trazia na capa as fotos da grana em cima da mesa.

Um Golpe de Mestre.

Depois, Serra desmanchou Ciro e partiu para desmanchar o Lula.

O que, de fato, conseguiu.

Como se sabe, Serra deu uma surra no Lula por 39% a 61%.

A Operação Lunus se compõe de “vigilantes”, de operadores do bas-fond da comunidade de informações, policiais semi-analfabetos, políticos do baixo clero, e milionários desocupados.

Eles produzem dossiês, reportagens, testemunhas bombas, fitas, audios, fotos e cameras indiscretas.

O resultado de uma Operação Lunus vai para o PiG 1 e a repercussão imediata para o PiG 2.

Depois é o PiG 3 quem recebe e a repercussão sai no Pig 4.

Até que todos os PiGs se realimentem da Operação Lunus.

Quem poderia dar um depoimento interessante sobre isso seria Marcio Aith, hoje assessor de imprensa do Serra.

Ele conhece isso por dentro e poderia denunciar o esquema numa trepidante reportagem na Folha (**).

Em 2006, a mesma Operação Lunus conseguiu desmanchar a denuncia das ambulâncias super-faturadas na jestão de José Serra/Barjas Negri, no Ministerio da Saude.

E, em cima das ambulâncias, criou o Golpe dos Aloprados.

Um delegado da Policia Federal (onde anda ele, o delegado Bruno ?) providenciou as fotos que o inclito delegado Paulo Lacerda tinha mandado fechar a quatro chaves.

As notas foram apropriadamente “furtadas” de cima da mesa do delegado Bruno pela equipe da produção do programa do Serra/Alckmin na tevê – a primeira a chegar -, pela Folha e pela Globo.

Na Globo, o reporter/heroi, Rodrigo Boccardi, foi premiado com a correspondência em Nova York.

A imediata repercussão levou a eleição para o segundo turno, a master class da carreira de Ali Kamel.

Clique aqui para ler “O primeiro Golpe já houve – falta o segundo”.

O produto da Operação Lunus é distribuido gratuitamente aos diversos órgãos do PiG (*).

O resultado da investigação passa a ter a paternidade do reporter escalado para dar corpo e forma ao conjunto de “informações” que a Operação Lunus produz.

Como enfrentar isso, no plano policial ?

Primeiro, o Governo deveria dispor de uma ABIN eficiente e, não, da ABIN castrada que resultou da defenestração do inclito delegado Paulo Lacerda pelo ataque bi-frontal desfechado por Gilmar Dantas (***) e o ministro serrista Nelson Jobim.

A melhor fonte de informação do Governo Lula é a internet.

Segundo, se a Policia Federal voltasse a ser republicana.

Ela também foi castrada pela defenestração do dr Paulo Lacerda e o iminente encarceramento do inclito delegado Protogenes Queiroz por seu algoz, Luiz Fernando Corrêa, que ainda não achou o audio do grampo.

Se fosse um sistema republicano, a ABIN identificava a ação criminosa, passava à Policia Federal e os operadores da Operação Lunus e os jornalistas que a ela se submetem iam todos para o PF Hilton.

De resto, não há o que fazer.

A Operação Lunus está em marcha.

O Golpe de hoje – Erenice – deleta o de ontem – o sigilo.

O de amanhã deletará o da Erenice, já demitida.

E se encerrará na edição de 1o. de outubro do jornal nacional, para quando, provavelmente, se reservará o Golpe mais baixo – sem que a Dilma conte com o horário eleitoral para refutar.

Por enquanto, a Roseana Sarney de 2010 é a brava Erenice Guerra.

Espera-se ardentemente que a Presidenta Dilma Rousseff instale uma banda larga neutra, universal e barata.

E aprove uma Ley de Medios.

O Brasil não pode ficar na mão do PiG e desses bandoleiros da Lunus.

Em tempo: convém lembrar que o FHC acabou de acusar o Lula de chefiar uma facção do tipo PCC.



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista (****) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (****) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(****) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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