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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Brizola Neto: Os espertinhos que querem o Bolsa Internet

Poucas horas atrás postei as declarações do “cara-de-pau” da Associação das Teles que disse que a recriação da Telebras para levar banda larga aos brasileiros é “loucura e desperdício”. É um certo senhor José Fernandes Pauletti, que já nos brindou com seu talento e capacidade presidindo a Telemar, este “modelo” de ineficiência e abuso sobre os usuários, que teve o desplante de sugerir que o governo, em lugar de prover um serviço razoável para todos e estimular a concorrência na distrubuição final, com a participação de pequenas empresas, desse “uma quantia mensal e o cidadão escolheria a operadora onde quisesse gastar aqueles créditos para acessar a internet”, naturalmente enchendo as burras das teles com o dinheiro do “Bolsa Internet”.

Bom, você quer ver como estas teles são “boazinhas” e eficientes? Voltando de Brasilia, abri o Valor Econômico e estava lá: “Tarifas de celular no Brasil estão entre as mais caras do mundo”. Nenhuma novidade, não é? A telefonia celular no Brasil é uma arapuca, onde o mesmo serviço pode custar um centavo ou um real, dependendo do interesse comercial da empresa. É um espetáculo selvagem de preço alto, compensado com promoção disso, promoção daquilo, que faz muita gente, especialmente de menor poder aquisitivo, ficar trocando de chip para poder falar a um preço acessível.O ótimo site IDG diz, sobre a mesma pesquisa, que nossa tarifa é a segundam ais cara do mundo.

Diz a matéria que estudo da consultoria europeia Bernstein Research sobre as telecomunicações aponta o Brasil como um dos três países com as mais altas tarifas de telefonia celular do mundo, junto com a África do Sul e a Nigéria. Aqui se paga US$ 0,24 (ou R$ 0,40) em média por minuto (média, porque o pobre paga é mais de um real por minuto, no pré-pago), quando na Índia este valor é de um centavo de dólar e na Indonésia, China, Rússia, Egito, México e EUA o valor varia de três a cinco centavos de dólar.

A defesa das teles é dizer que aqui a maior parte dos telefones é pré-pago, que geram receita média mensal só de R$ 8 por aparelho. Mentira! O pobre tem pré-pago porque não pode pagar contas de, no mínimo, R$40 num celular pós-pago. E se gasta só R$ 8 por mês, há duas coisas. primeiro, ele está gerando receita na outra ponta, isto é, de quem telefona para seu pré-pago. Segundo, não está gerando tráfego nas redes, ao ligar. E quando liga paga mais de um real por minuto, uma extorsão!

Essa gente das teles não tem capacidade para fazer nada que seja verdadeiramente democrático e aberto. Choramingam, mas não largam o osso, porque têm lucros fabulosos. Não tem sentidoo entregar a banda larga para quem faz isso.

Aliás, não tem sentido nem entregar a telefonia celular, que é uma das indústrias mais rentáveis e baratas do mundo, para esta gente. Não querem a banda larga popular, porque sabem que a comunicação por voz via internet só depende de boas conexões. Que se agarrem ao que FHC já lhes deu e que prestem atenção ao calendário, porque suas concessões têm prazo. Depois que vencerem, se o Brasil tiver um governo decente que não as renove, não venham dizer que isso é “chavismo”.

Fonte: Blog Tijolaço

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