Leia aqui o que disse Sérgio Guerra na Veja:Mais uma da série eu disse mas não disse
A ministra Dilma Roussef em inauguração de uma obra do PAC comentou que é estarrecedora a posição do PSDB em querer acabar com o PAC. O presidente do PSDB soltou nota onde chama a ministra de "mentirosa" por esse comentário. Pronto: o circo foi armado e o debate desceu a ladeira.
Leia a entrevista do Presidente Eleito do PT ao Terra Magazine
Presidente eleito do PT: Se PSDB quiser, "vamos para o pau"
Marcela Rocha
"Cangaceiro, sertanejo aguerrido e valente. Capanga, guarda-costas, valentão". Essas são as definições para "jagunço" no dicionário Michaelis. No dicionário petista, a palavra serviu para adjetivar o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o que acarretará em processo à legenda de Lula. "É risível a justificativa deles (PSDB). É de morrer de rir", diz José Eduardo Dutra, presidente eleito do PT que, junto ao atual, deputado Ricardo Berzoini (SP), cunhou o termo "jagunço político" ao tucano por ter chamado a pré-candidata petista e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de "mentirosa".
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Os petistas, na mesma oportunidade, chamaram o pré-candidato tucano ao Planalto, governador José Serra (SP), de "hipócrita" por não entrar no debate político e deixar que o senador Guerra entre em seu lugar. O secretário nacional do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira, que o partido vai processar os dois por calúnia e difamação.
A Terra Magazine, o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, remonta a cronologia dos acontecimentos e justifica o teor da nota divulgada por ele e Berzoini. Argumenta que não se trata de preconceito, como acusam os tucanos, e dá um recado: "Nós queremos um debate de alto nível, mas também não vamos correr do pau. Se quiserem (PSDB) ir pro pau, vamos também".
Leia abaixo a íntegra da entrevista:
Terra Magazine - O PSDB quer processar o senhor e o deputado Ricardo Berzoini por calúnia e difamação...
José Eduardo Dutra - É risível a nota. É de morrer de rir. Em primeiro, porque eu sou de Sergipe. E mais, dizer que é preconceito usar um termo desde sempre muito usado no nordeste é de morrer de rir. Não entendi onde ele foi buscar o preconceito nisso aí. Onde está o preconceito quando se usa o termo jagunço?
Mas, o senhor...
Onde vai o preconceito contra o povo nordestino? A não ser que o senador Sérgio Guerra ache que ele é o povo nordestino. Em segundo, usamos um termo muito usado no nordeste e o relativizamos: "jagunço político". Ou seja, está vinculado ao teor da nota que ele soltou. Então, a nossa nota precisa bem em que circunstâncias está o termo. E se eu disser que Dilma é uma candidata arretada? Eu estou sendo preconceituoso? O argumento deles é risível. Se for para julgar qual nota seria cabível de ir na justiça, seria a do Sérgio Guerra contra Dilma.
Por quê?
Ali sim os termos são grosseiros e caluniosos. A nossa nota, não. Nós somente afirmamos que ele se comportou como um jagunço político ao soltar a nota anterior. Agora, querem entrar na Justiça? Paciência, é um direito deles. Mas deveriam arrumar argumentos melhores.
O senhor não acredita que esses argumentos estejam vinculados, de certa forma, ao fato de o partido carecer de maior inserção no nordeste?
Olha, se isso for uma estratégia de inserção, eles estão mal de estratégia.
O senhor acha que essa troca de notas entre os altos escalões do partido sejam positivas ou negativas para a imagem de ambos em ano eleitoral?
Nós vamos dançar de acordo com a música. Se tocar valsa, dançaremos valsa. Se tocar heavy metal, dançaremos heavy metal. Isso começou com a entrevista de Guerra na revista Veja, dizendo que iria acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Respondemos.
A ministra Dilma respondeu, certo?
A ministra Dilma rebateu politicamente. Guerra, por sua vez, soltou uma nota naqueles termos, acusando a ministra de mentirosa. Nós respondemos, ao meu ver, muitos tons abaixo à nota do presidente do PSDB. Estranhamos que, no mesmo dia em que o governador José Serra (SP) disse que não entraria em baixaria, o presidente da sigla soltou uma nota nesses termos. Nós queremos um debate de alto nível, mas também não vamos correr do pau. Se quiserem ir pro pau, vamos também.
Abaixo, as notas trocadas pelos partidos:
» Nota do PT - 19 de janeiro de 2010
» Nota PSDB - 20 de janeiro de 2010
» Nota PT - 21 de janeiro de 2010
» Nota PSDB - 21 de janeiro de 2010
Fonte: Terra Magazine
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