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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Chile: Que pasó?


Minha noiva é chilena de Rancágua.E está triste.
Muito triste, assim como toda sua família, vizinhos e amigos.
A vitória de Piñera calou fundo nos corações dos progressistas país afora.
Faz tempo que conversamos sobre a política no Chile, o governo de Michele Bachelet e o visível progresso encontrado neste belo país banhado pelo Oceano Pacífico. A economia levou um sopapo com a recente crise financeira internacional, mas nada á ponto de tentar explicar essa derrota da frente de partidos "Concertación".
O Governo de Bachelet conta com mais de 80% de aprovação e é interessante notar a alegria e orgulho deles ao se referirem á "Nuestra Presidenta".

Foi assim quando me contou felicíssima sobre a compra de mais de 1000 ônibus brasileiros para equipar o transporte público de Santiago do Chile.
Esses irão se juntar aos demais existentes e juntos com o Metrô - 95Km de extensão em 5 linhas, que passarão em breve dos 100Km - irão facilitar a locomoção e melhorar a vida de boa parte da população da Capital.

(Só de lembrar que a cidade de São Paulo com quase 4 vezes mais habitantes que Santiago, conta atualmente com (sic) 60Km de Metrô.... E ainda tem pseudo-administrador divulgando maciçamente que trabalha pela população, que cega não apenas acredita, como insiste em manter tal partido e seus pulhas no poder.)

Mas voltando ao Chile foi possível perceber perfeitamente pela vóz o estado de espírito que tomou conta de boa parte do país.
Era possível sentir no ar a indignação: -- Que pasó? Por que Piñera?

O consenso inicial é de que Piñera terá muitos problemas para Governar. Não tem base e nem apoio no congresso . Os estudantes (que lá são fortíssimos e organizados) já deixaram clara sua opção contrária ao "de la derecha".

Passado esse primeiro momento traumático, é levantar a cabeça e seguir em frente com os conselhos de seu pai em mente: --"Cuatro años pasam rápidamente. Tenemos tiempo para volver a lo camiño correcto."


Abaixo transcrevo postagem do Blog FBI - Festival de Besteiras da Imprensa do Augusto Fonseca.

Blog do Josias: a besteira de comparar a eleição presidencial chilena com a brasileira

O Josias de Souza, em seu blog, retorna das férias escrevendo uma grande besteira, ao fazer comparações da eleição presidencial chilena e da brasileira, no post-besteira “Com 80% de aprovação, Bachelet não faz o sucessor“

A intenção do Josias – junto com a Míriam um dos principais militantes da Campanha Serra Presidente – é revelada no seguinte trecho do post.

Mal comparando, o Brasil viverá um processo eleitoral semelhante.

Popular como Bachelet, Lula tenta promover uma transfusão de votos para Dilma Rousseff.

No Chile, não colou. No Brasil
…”

A intenção não é a de bajular o Serra, que sabe que isso aí é uma enorme besteira.

O problema é que o Serra está com problemas de captação de recursos para a campanha, junto ao empresariado, que está certo de que o Lula fará a sucessora, ainda que isso não lhes agrade.

As Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) farão de tudo para, nesses dois meses que faltam para o Serra ir para o suicídio político, criar uma perspectiva de viabilidade para a sua candidatura à Presidência.

Nesse momento crucial, o objetivo é captação, captação e captação!

Como as Organizações Serra pensam que o povo é bobo e vai em qualquer conversa, coisas como esta do Josias se multiplicarão nesse período.

Porque o post é uma besteira?

Porque compara água e óleo, como se fossem a mesma coisa. Aliás, num ato falho, ele mesmo anuncia “Mal comparando…“

Se sabe que vai mal comparar, porque comparar?

Vamos ao fatos:

1. O Chile tem uns 16 milhões de habitantes – igual ao Estado do Rio de Janeiro – e 8,2 milhões de eleitores. O Brasil tem, no dia de hoje, segundo o site do IBGE (Popclock), uma população estimada de 192 milhões e mais de 130 milhões de eleitores. Ou seja, o Brasil equivale a 12 Chiles em população e quase 16 Chiles em número de eleitores.

2. O Eduardo Frei, ao contrário da Dilma, não fazia parte do governo com 80% de aprovação da Bachelet. Ao contrário, ele já governou o país (1994-2000) e deve ter rejeição consolidada por causa disso. A rejeição de Dilma, nas pesquisas, é mais por conta de ser pouco conhecida, o que será resolvido com uma campanha eficaz.

3. A Concertação, partido de Bachelet e de Frei, não estava unida em torno de sua candidatura. No caso brasileiro, quase todos os partidos aliados do Governo Lula estarão apoiando e elegendo a ministra Dilma Rousseff.

4. O Pinera não tinha participado de um governo desastroso anterior ao da Bachelet, como é o caso do Serra e FHC. Essa é uma diferença estratégica. O Pinera “navegou em céu de brigadeiro”. O Serra terá turbulência o tempo todo por conta de sua identificação com o “desastre” FHC. No que depender de mim, será colado à sua pessoa o Programa “Desaba São Paulo“, como experimento e re-edição do “Desaba Brasil“.

5.Com todo o respeito à companheira Bachelet, enquanto ela só tem uma ótima avaliação em seu país, o Lula tem uma grande aprovação no Brasil e em todo o mundo – com inúmeros prêmios inéditos e reconhecimento explícito. Isso com as Organizações Serra fazendo campanha sistemática e irracional desde 1 de janeiro de 2002.

6. Como consequência disso tudo, o que estará em jogo aqui é se o eleitor quer dar continuidade a uma fórmula vitoriosa na economia, seguindo a maior liderança política que o Brasil já teve em toda a sua história, ou se desejará retornar ao período cinza de governo de uma das lideranças políticas mais pífias que este país já teve: Fernando Henrique Cardoso e seu “filhote” José Serra.

7. Finalmente, o eleitor brasileiro, ao contrário do eleitor chileno, terá que decidir se quer ser feliz por mais dezesseis anos (oito da Dilma e mais oito do Lula) ou se quer fazer a “Marcha da Insensatez” – aplicada ao povo – e atentar contra a sua vida e de seus familiares, cometendo o suicídio de votar no Serra ou qualquer outro tucano."

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