Infelizmente, como até mesmo o Presidente da República reconhece, o nível desta campanha foi para o esgoto.
O que pensam os Generais de pijamas ao olharem para essa balbúrdia? O que pensa o povão quando veêm determinados políticos com olhos esbugalhados querendo enforcar o seu adversário?
Política é o cerne da questão social e sem ela, infelizmente seríamos nômades sem comando nem diretrizes, pois o caos seria instalado.
Alguma pessoa comum em sã consciencia imagina a remota possibilidade de viver num condomínio sem síndico, para ficarmos apenas neste exemplo?
Mas a questão maior passa pela ganância, pela vaidade e pela luta de poder.
Não pensem que essa briga de cachorro grande perpretada por figuras como Zé Serra e aliados tem o viés democrático com vistas ao bem estar social, com desejos de presidir uma nação no intuíto de elevar as condições humanas de seus habitantes.
A briga de cachorro grande para comandar esse condomínio "Brasil", passa pelas mais rasteiras e sórdidas intenções que encontram-se alojadas na alma humana.
Sinceramente? Eu tenho nojo de me ver como parte dessa conjuntura absurda. Que venha a reforma política "URGENTE"!
Tucanos exploram o antipetismo com escândalo da Receita
Marcela Rocha
Líderes da campanha eleitoral do PSDB reconhecem que a sequência de quebras do sigilo fiscal de integrantes do partido denunciada nos últimos dias não basta para, sozinha, influenciar diretamente no eventual crescimento de José Serra nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República. Mas esperam alimentar uma onda antipetista trazendo à tona outros casos de violação dos direitos individuais em que o PT também esteve envolvido, de maneira a multiplicar o efeito, sobre o eleitorado, das denúncias mais recentes.
Como o assunto "sigilo fiscal" é distante da maioria do eleitorado - apenas 24,7 milhões de pessoas declaram Imposto de Renda - e falta menos de um mês para a eleição, a coordenação da campanha avalia ser mais eficaz reforçar o escândalo em curso com outros fantasmas que coloquem em xeque a ética do partido adversário e estimulem o antipetismo de parcela do eleitorado. O "mensalão" do PT e a quebra do sigilo do caseiro Francenildo são exemplos já apresentados pelo ex-governador de São Paulo em entrevistas e no programa eleitoral, e a tendência é que sejam ainda mais explorados.
O partido também acredita que o episódio tende a reaproximar lideranças do partido da coligação da campanha presidencial. Até mesmo correligionários estavam dispersos por conta da queda do presidenciável nos levantamentos. Após serem quebrados os sigilos de quatro integrantes do PSDB, ligados a Serra, e o da própria filha do candidato, Veronica, unificou-se um discurso de oposição ao governo Lula, mais especificamente ao tratamento oferecido por ele às instituições fiscalizadoras.
Como só os contribuintes de renda mais alta pagam o Imposto de Renda - e seriam mais sensíveis, em tese, ao risco da quebra de sua privacidade - a coordenação da campanha acredita que o escândalo deve reaproximar a agenda de Serra da classe média nas grandes cidades. Este eleitorado, antes tido como cativo do PSDB, tem migrado para a adversária petista Dilma Rousseff, segundo os últimos levantamentos.
A estratégia traçada por Serra e seu marqueteiro Luiz Gonzalez previa criar uma identificação do candidato com o eleitorado de baixa renda no início da propaganda de TV. Em seguida, o tucano partiria gradativamente para uma campanha mais agressiva em relação à adversária. À luz dos novos fatos - sucessivas quebras de sigilos e resultados desfavoráveis em pesquisas - o PSDB antecipou os ataques. Serra, na posição de vítima no processo, tem sua agressividade legitimada, argumentam estrategistas tucanos, minimizando assim um possível ônus eleitoral pela mudança de tom da campanha.
Para não limitar a ofensiva apenas ao episódio da Receita, o PSDB levanta desconfiança mais ampla sobre a adversária Dilma e aliados dela. Segundo integrantes da campanha, os tucanos passarão a apresentar o que chamam de "histórico de mentiras" da petista, por avaliarem que a estratégia de explorar apenas o viés administrativo já se esgotou. Alguns episódios têm presença garantida: as informações erradas no currículo acadêmico da petista e o caso Lina Vieira - a ex-secretária da Receita que acusa Dilma de ter pedido para acobertar a família Sarney, aliada do governo.
Ansiosos pela propagação do vínculo entre o PT, a quebra dos sigilos e outros escândalos tirados da gaveta, os tucanos acreditam que os ataques devam começar a fazer efeito no eleitorado em uma semana. Na pesquisa divulgada no sábado passado (4) pelo instituto Datafolha, 51% declararam ter assistido aos programas do horário eleitoral, mas os números não se mexeram a favor de José Serra. O levantamento foi feito entre 2 e 3 de setembro, dias em que o tucano já denunciava a quebra de sigilo na Receita em sua propaganda na TV.
Ao mesmo tempo, o PSDB também quer evitar a desmoralização total da própria Receita Federal. Isto colaboraria, ainda segundo tucanos, com a estratégia petista de mostrar que o órgão é frágil e que as violações não seriam necessariamente motivadas por uma ação política coordenada. Os pronunciamentos do candidato já deram os primeiros sinais de que o partido não pretende centrar fogo somente neste episódio da Receita para atribuir a um eventual governo Dilma uma iminente ameaça aos valores democráticos.
Entre os números desfavoráveis das últimas pesquisas de opinião, o PSDB busca um alento no índice de rejeição dos candidatos, que não seria tão diferente para Serra e Dilma, na opinião dos tucanos. Serra enfrenta hoje a rejeição de 31% do eleitorado, ante 21% da petista. Os tucanos admitem que se a próxima pesquisa não apontar alguma mudança no quadro nacional, pequena que seja, a desmobilização tende a voltar a crescer e o desânimo pode se generalizar. Além de explorar os escândalos na Receita, a agremiação investiu pesadamente em atos políticos em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerais nas últimas duas semanas. "Precisamos apresentar algum sinal de recuperação para irmos ao segundo turno", reconhece um líder do partido.
FONTE: Terra
Como o assunto "sigilo fiscal" é distante da maioria do eleitorado - apenas 24,7 milhões de pessoas declaram Imposto de Renda - e falta menos de um mês para a eleição, a coordenação da campanha avalia ser mais eficaz reforçar o escândalo em curso com outros fantasmas que coloquem em xeque a ética do partido adversário e estimulem o antipetismo de parcela do eleitorado. O "mensalão" do PT e a quebra do sigilo do caseiro Francenildo são exemplos já apresentados pelo ex-governador de São Paulo em entrevistas e no programa eleitoral, e a tendência é que sejam ainda mais explorados.
O partido também acredita que o episódio tende a reaproximar lideranças do partido da coligação da campanha presidencial. Até mesmo correligionários estavam dispersos por conta da queda do presidenciável nos levantamentos. Após serem quebrados os sigilos de quatro integrantes do PSDB, ligados a Serra, e o da própria filha do candidato, Veronica, unificou-se um discurso de oposição ao governo Lula, mais especificamente ao tratamento oferecido por ele às instituições fiscalizadoras.
Como só os contribuintes de renda mais alta pagam o Imposto de Renda - e seriam mais sensíveis, em tese, ao risco da quebra de sua privacidade - a coordenação da campanha acredita que o escândalo deve reaproximar a agenda de Serra da classe média nas grandes cidades. Este eleitorado, antes tido como cativo do PSDB, tem migrado para a adversária petista Dilma Rousseff, segundo os últimos levantamentos.
A estratégia traçada por Serra e seu marqueteiro Luiz Gonzalez previa criar uma identificação do candidato com o eleitorado de baixa renda no início da propaganda de TV. Em seguida, o tucano partiria gradativamente para uma campanha mais agressiva em relação à adversária. À luz dos novos fatos - sucessivas quebras de sigilos e resultados desfavoráveis em pesquisas - o PSDB antecipou os ataques. Serra, na posição de vítima no processo, tem sua agressividade legitimada, argumentam estrategistas tucanos, minimizando assim um possível ônus eleitoral pela mudança de tom da campanha.
Para não limitar a ofensiva apenas ao episódio da Receita, o PSDB levanta desconfiança mais ampla sobre a adversária Dilma e aliados dela. Segundo integrantes da campanha, os tucanos passarão a apresentar o que chamam de "histórico de mentiras" da petista, por avaliarem que a estratégia de explorar apenas o viés administrativo já se esgotou. Alguns episódios têm presença garantida: as informações erradas no currículo acadêmico da petista e o caso Lina Vieira - a ex-secretária da Receita que acusa Dilma de ter pedido para acobertar a família Sarney, aliada do governo.
Ansiosos pela propagação do vínculo entre o PT, a quebra dos sigilos e outros escândalos tirados da gaveta, os tucanos acreditam que os ataques devam começar a fazer efeito no eleitorado em uma semana. Na pesquisa divulgada no sábado passado (4) pelo instituto Datafolha, 51% declararam ter assistido aos programas do horário eleitoral, mas os números não se mexeram a favor de José Serra. O levantamento foi feito entre 2 e 3 de setembro, dias em que o tucano já denunciava a quebra de sigilo na Receita em sua propaganda na TV.
Ao mesmo tempo, o PSDB também quer evitar a desmoralização total da própria Receita Federal. Isto colaboraria, ainda segundo tucanos, com a estratégia petista de mostrar que o órgão é frágil e que as violações não seriam necessariamente motivadas por uma ação política coordenada. Os pronunciamentos do candidato já deram os primeiros sinais de que o partido não pretende centrar fogo somente neste episódio da Receita para atribuir a um eventual governo Dilma uma iminente ameaça aos valores democráticos.
Entre os números desfavoráveis das últimas pesquisas de opinião, o PSDB busca um alento no índice de rejeição dos candidatos, que não seria tão diferente para Serra e Dilma, na opinião dos tucanos. Serra enfrenta hoje a rejeição de 31% do eleitorado, ante 21% da petista. Os tucanos admitem que se a próxima pesquisa não apontar alguma mudança no quadro nacional, pequena que seja, a desmobilização tende a voltar a crescer e o desânimo pode se generalizar. Além de explorar os escândalos na Receita, a agremiação investiu pesadamente em atos políticos em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerais nas últimas duas semanas. "Precisamos apresentar algum sinal de recuperação para irmos ao segundo turno", reconhece um líder do partido.
FONTE: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário