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sábado, 4 de setembro de 2010

A vez da maioria silenciosa, por Eduardo Guimarães




A 29 dias da eleição em primeiro turno, ainda que seja cedo para comemorar o fracasso definitivo do último “plano infalível” da coalizão tucano-midiática para eleger José Serra, já é possível dizer que a encenação do script – que este blog antecipou com precisão cirúrgica – parece não estar agradando nada, nada a uma platéia que, silenciosa e impassível, assiste aos atores se esgoelando no palco midiático.

Não surpreendeu que as manchetes do Estadão e da Folha de São Paulo do sábado (4/8) tenham sido formuladas com a intenção maldosa de enganar o público por afirmarem que “é filiado ao PT” um personagem que o país inteiro já sabia que surgiria para tentar induzir a população à crença de que a campanha de Dilma Rousseff perderia tempo em investigar o adversário tucano ilegalmente a fim de difamá-lo.

Aliás, vale dizer que o Estadão, sob a acusação ao PT em manchete principal de primeira página, colocou, baseando-se na pesquisa Ibope, que “Dilma parou de subir, e Serra, de cair” – o jornal parece não entender que deve haver algo de errado com uma candidatura da qual os entusiastas comemoram que tenha parado de cair.

À revelia desse texto mal encenado, as pesquisas mostram que, até aqui, essa maioria silenciosa, composta por cidadãos de todas as regiões do país, de todas as classes sociais, de todas as faixas etárias, de todos os níveis de escolaridade e de quase todos os níveis de renda – com exceção do mais alto – não está acreditando nas acusações de Serra a Dilma nem com o endosso a elas por Globo, Folha, Veja e Estadão, só para ficar nas cabeças do monstrengo midiático.

No tracking diário do Vox Populi para o IG e também no Datafolha, Dilma subiu e Serra caiu – ambos dentro da margem de erro. No Ibope, ficou tudo como estava. Isso depois de duas semanas do início dessa espantosa campanha acusatória da mídia que tenta convencer os brasileiros de que o governo Lula teria mandado violar o sigilo fiscal de quatro tucanos ligados a Serra para ajudar Dilma a difamar o adversário.

Em relação à denúncia tucano-midiática surgida na semana que finda, de que o PT e a campanha de Dilma teriam mandado violar o sigilo fiscal da filha de Serra e, agora, de que o violador desse sigilo teria sido filiado ao mesmo PT, o Ibope e o IG-Vox Populi captaram em parte o período de mais esta “bala de prata”, mas o Datafolha foi a campo depois do surgimento dessa denúncia e tampouco captou qualquer efeito.

E é do Datafolha que vêm as piores notícias para o tucano, como a de que aumentou de 63% para 69% o percentual dos que acham que Dilma vai vencer ou de que a rejeição de Serra continua subindo, tendo aumentado quatro pontos desde a última pesquisa, portanto fora da margem de erro. E depois desse espetáculo patético que ele está dando e que a sua mídia, de forma suicida, está endossando.

Apesar do bombardeio midiático incessante para vender a versão de Serra, dessa flagrante ilegalidade que a mídia está perpetrando e que a Justiça Eleitoral não tem coragem de coibir apesar de todos os pareceres legais – inclusive do próprio TSE – que desautorizam a acusação de Serra, vislumbro uma maré humana impassível, serena, silenciosa, que só espera 3 de outubro para dar uma resposta a um candidato desleal e a uma mídia por ele corrompida.

Tenham paciência, cidadãos indignados. Só faltam 29 dias para a maioria romper o silêncio através da voz tonitruante das urnas, que fará toda essa gritaria midiática parecer um gemido…  Ou um último suspiro.

Fonte: Blog da Cidadania

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