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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Jornalismo Manipulativo - Descaradamente Manipulativo esse PIG

Após encontro com Lula, governador interino do DF diz que fica no cargo


Governador em exercício do DF, Paulo Octávio, em visita a obras na
 Estrada Parque, em Taguatinga Foto: Brito/ GDF/Divulgação

Luciana Cobucci
Direto de Brasília
O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), anunciou nesta quinta-feira que ficará no cargo. O político afirmou que já estava com a carta de renúncia pronta, mas disse ter recebido apelos de setores da sociedade para permanecer no governo do DF.
"Já renunciei ao direito de me candidatar ao governo do Distrito Federal, mas não posso, ainda, renunciar da obrigação de servir Brasília e seu povo", disse Paulo Octávio, ressaltando a importância da governabilidade. "Só me resta um papel nessa crise: quero ser um facilitador".
Mais cedo, o governador visitou o Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência da República, onde se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da situação política do DF. Ele deixou o local pela saída privativa do presidente e não falou com a imprensa. Segundo Paulo Octávio, Lula se mostrou preocupado com a possibilidade de intervenção federal no governo do DF, no ano em que Brasília completa 50 anos. O presidente teria aconselhado para que o vice-governador esperasse mais um pouco para decidir sobre a renúncia.
Octávio assumiu o cargo no lugar do governador licenciado José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), que foi preso acusado de atrapalhar as investigações do mensalão do DEM - suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares do DF. Os dois são acusados de participar do esquema. No discurso, Octávio disse que a exposição dele na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, foi "injusta e cruel".
Paulo Octávio não conta nem com o apoio do próprio partido. O DEM pediu que todos os filiados à legenda no Distrito Federal saíssem do governo e deve analisar na próxima terça-feira um pedido de expulsão do governador em exercício.

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