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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Paulo Henrique Amorim: A corrupção é o que faz chover em São Paulo

São Paulo foi dominada pela turma do "concreto"
São Paulo foi dominada pela turma do "concreto"

Chove há 43 dias em São Paulo.
Há 72 pessoas mortas.
O Bom (?) Dia Brasil mostrou hoje cenas de uma cidade desgovernada.
Uma entrevistada disse: “sete minutos de chuva e enche tudo.”
Outra ficou 1h45 à espera de um trem.
Um ficou três horas parado dentro de um taxi.
Um bairro ficou sem luz por 12 horas.
Na região do rio Tietê legiões de trabalhadores a pé em busca de uma condução que os levasse ao serviço.
Há dois corpos desaparecidos na Zona Leste, o Katrina do Serra.
Um dos entrevistados, finalmente, diz o que o Ali Kamel preferiria esconder: a culpa é do concreto.
Segundo a Folha(*), 13 vereadores e o poste que Serra elegeu prefeito de São Paulo podem perder o mandato por causa de corrupção.
Eles são acusados de receber doação ilegal de empreiteiras e da indústria da construção civil.
É o pessoal do “concreto”.
Nenhuma metrópole do mundo se corrompeu a ponto de permitir, como São Paulo, construir tantas peças de concreto num espaço sem verde.
São Paulo é um exemplo de como a corrupção destruiu o meio ambiente, impediu que a cidade respirasse, aumentou a temperatura e provocou chuva.
A corrupção é o que faz chover em São Paulo.
Um Presidente da República já disse que governar é “abrir estradas”.
Que Deus o tenha.
Zé Alagão governa para ser Presidente da República e, por isso, governa para arrecadar impostos (pedágios).
Ele não passa, como diz o meu amigo mineiro, de um “prático em contabilidade”.
José Serra escondeu-se no programa da Luciana Gimenez e na colona(**) da Eliane Catanhêde.
Ele não vai enfrentar a indústria da empreitagem.
Nem construir os 90 piscinões que faltam no rio Tietê.
Se puder, ele manterá os nordestinos nas sowetos alagadas.
Não adianta.
A chuva cospe os pobres na cara da elite.
Paulo Henrique Amorim

FONTE: Conversa Afiada

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