Às 17h00 desta terça-feira a chuva caiu em São Paulo e na castigada Zona Leste com mais intensidade.
Entre o centro da cidade e a Avenida Paulista, o motorista gastava uma hora.
Na movimentada Avenida Consolação nenhum sinal de trânsito funcionava.
No bairro de Higienópolis, onde moram Fernando Henrique Cardoso e uma parte da elite branca de olhos azuis, não havia uma única boca-de-lobo que não estivesse tapada.
E não se diga que a elite joga o lixo na rua.
No programa Entrevista Record que vai ao ar hoje à noite às 22h00 na Record News, eu entrevistei o professor Júlio Cerqueira Cesar, engenheiro especialista em Hidráulica e Saneamento e professor da Escola Politécnica da USP.
O professor Cerqueira Cesar defende duas teses.
A primeira, o problema central de São Paulo é o rio Tietê.
O rio Tietê tem dois problemas, que poderiam ser resolvidos nos 16 anos catastróficos da Dinastia Tucânina.
O primeiro é que a calha do rio Tietê não dá vazão à água que corre ali.
Segundo o professor Cerqueira Cesar, o Tietê é o ralo de São Paulo.
A única maneira de fazer o rio dar vazão ao que 20 milhões de habitantes depositam no Tietê é limpar o fundo do rio e construir piscinões.
Os tucanos não limparam o leito do rio.
Tanto é que Zé Alagão anunciou hoje, 70 mortes depois, que vai gastar mais dinheiro na limpeza do rio.
Clique aqui para ler.
A outra maneira de resolver o problema de vazão do rio Tietê seria construir piscinões.
No governo Covas ficou estabelecido que o Tietê precisaria de 134 piscinões.
Como os piscinões ficam embaixo da terra e não elegerão José Serra presidente em 2010, dos 134 foram construídos 44.
Faltam 90 piscinões.
Por isso, segundo o professor Cerqueira Cesar, com El Niño ou sem El Niño, há 300 pontos crônicos de alagamento na cidade de São Paulo.
Retrato fétido da inépcia dos tucanos que coloniza São Paulo há 16 anos.
Boa parte do problema do rio Tietê se deve não ao lixo que os pobres jogam nele, como propaga a publicidade tucânica, mas à erosão natural, que deposita terra no leito do rio.
O segundo grande problema, segundo o professor Cerqueira Cesar é o desabamento de terra sobre casas construídas em área de risco.
Aí, de novo, a culpa é dos governantes das 39 prefeituras que compõem a Grande São Paulo e ,sobretudo, a culpa é do Governo do Estado que não impôs a sua liderança sobre a política urbana das 39 cidades.
O Jardim Romano, segundo este modesto blogueiro, é o Katrina do Zé Alagão.
Bye bye Serra 2010
Paulo Henrique Amorim
(*) Chuíça é como o PiG (**) de São Paulo quer que o resto do Brasil pense que São Paulo é: uma combinação do dinamismo econômico da China com o IDH da Suíça.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
Foto Julio cerqueira Cesar
FONTE: Conversa Afiada
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